Por: Redação

Caso Henry Borel: mãe e padrasto vão a júri popular

Henry Borel | Foto: Reprodução Instagram

A Justiça do Rio marcou para 23 de março de 2026 o júri popular de Monique Medeiros e do ex-vereador Dr. Jairinho, acusados da morte do menino Henry Borel, em 2021. A decisão é da juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, e foi divulgada nesta semana, após mais de quatro anos de perícias, investigação e recursos das defesas, que adiaram a formação do Conselho de Sentença.

O pai de Henry, e atual vereador na cidade do Rio de Janeiro pelo Progressistas, Leniel Borel, que é assistente de acusação, lamentou a longa espera: "Tenho mais tempo lutando por justiça pelo meu filho do que o tempo que tive com ele em vida. O Henry viveu só quatro anos." Ele afirmou que a definição da data traz alívio, mas também reabre feridas: "Dói muito, mas me dá esperança de que, enfim, o Henry será ouvido pela Justiça (...) é um crime brutal contra uma criança que confiava nos adultos que deveriam protegê-la".

Relembre o caso

Henry morreu em 8 de março de 2021, no apartamento onde vivia com a mãe e o padrasto, na Barra da Tijuca. O casal alegou acidente doméstico, mas o IML apontou 23 lesões por ação violenta, como laceração hepática e hemorragia interna. A Polícia Civil concluiu que o menino era torturado por Jairinho e que Monique tinha conhecimento. Eles respondem por homicídio duplamente qualificado.

Presos em abril de 2021, os réus aguardam o julgamento no Fórum Central, onde sete jurados decidirão o destino do casal.