A 17ª edição do Fita já tem data marcada: de 22 de agosto a 7 de setembro de 2025. Período em que Angra dos Reis se transforma na capital do teatro brasileiro num evento que já atraiu mais de um milhão de espectadores ao longo de sua trajetória. A novidade deste ano é que as inscrições para o edital de 2025 já estão abertas e seguem até o dia 31 pelo site www.fita.art.br.
Desde a sua primeira edição, em 2004, o festival tem se destacado por promover a arte teatral e por reunir artistas renomados, tanto nacionais quanto internacionais.
"A próxima Fita reafirma seu compromisso em democratizar o acesso, tanto do público, que terá a chance de ver uma série de grandes espetáculos em Angra, assim como dos produtores de todo o Brasil, que terão a chance de inscrever seus projetos. E procuramos fazer tudo de uma forma simples e descomplicada. Entramos em nossa 17ª edição ainda com uma vontade maior de trazer o melhor do teatro brasileiro para cá e em transformar Angra dos Reis na capital do teatro brasileiro ao longo de 18 dias", afirma João Carlos Rabello, curador e idealizador do festival.
Os espetáculos inscritos passarão por uma curadoria especializada e serão avaliados para compor as diversas categorias previstas, como Estreia Nacional, Mostra de Sucessos, Sessão Cult, Sessão Comédia, Fitinha, Mambembe Fita e Sessão Internacional.
As estreias nacionais terão papel de destaque na seleção deste ano e, como inovação, surge a categoria Mambembe Fita, voltada para companhias de teatro de rua que também poderão se apresentar em escolas e pequenos auditórios, ampliando o alcance das apresentações.
A cada edição, o Fita oferece uma programação diversa que contempla públicos de todas as idades, com espetáculos adultos e infantis, oficinas, debates e ações culturais espalhadas por diferentes espaços da cidade, como o teatro municipal e as tendas especialmente montadas para o evento daqueles que dedicam suas vidas às artes cênicas.
Outro destaque do festival é o projeto voltado para crianças, a Fitinha, que proporciona às novas gerações o primeiro contato com o teatro. Milhares de estudantes da rede pública têm a chance de participar, com transporte e lanche garantidos pela organização, numa iniciativa que alia cultura e inclusão social.
Com mais de um milhão de espectadores ao longo de suas edições, o Fita - Festival Internacional de Teatro de Angra dos Reis foi reconhecido como patrimônio histórico, cultural e imaterial do estado do Rio de Janeiro, consolidando-se como um dos maiores eventos teatrais do país. Ao longo dos anos, o festival tem se dedicado não apenas à promoção da arte cênica, mas também ao reconhecimento daqueles que marcaram a história do teatro brasileiro.
Em cada edição, o festival presta homenagens a profissionais que contribuíram de forma significativa para as artes cênicas. Grandes nomes como Fernanda Montenegro, Tarcísio Meira, Tonico Pereira, Ítalo Rossi e Othon Bastos foram celebrados pelo Fita. Othon, inclusive, aos 91 anos, apresentou o espetáculo "Não Me Entrego não!", emocionando o público com sua trajetória e entrega artística.
As estreias também têm lugar de destaque no Fita. O festival já apresentou primeiras montagens memoráveis, como a nova versão de "Bonitinha, Mas Ordinária", de Nelson Rodrigues. Além disso, diversos artistas de renome já passaram pelo evento, como Heloísa Perissé, Maria Clara Gueiros, Paulo Betti, Natália Lage, a companhia Armazém e Alessandra Maestrini, enriquecendo ainda mais a programação com talento e diversidade de estilos.
O Fita também se abre para o cenário internacional. Em 2014, por exemplo, a peça portuguesa "Menino de Sua Avó", da companhia A Barraca, participou do festival e recebeu o prêmio especial do júri por sua montagem. O espetáculo retrata a relação entre o poeta Fernando Pessoa e sua avó Dionísia Seabra Pessoa, revelando a sensibilidade e o alcance universal da dramaturgia apresentada no evento.
A edição de 2024, realizada entre 13 e 29 de setembro, apresentou 30 peças, incluindo clássicos como a já citada montagem de "Bonitinha, Mas Ordinária" e produções contemporâneas como "Raul, o Musical".