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Formação em teatro e circo

A Oficina Permanente de Teatro e Circo foi idealizada pelo diretor teatral Lino Rocca e e pela atriz e artista cirvense Vânia Santos | Foto: Divulgação

Estão abertas as inscrições para o ciclo 2025 da Oficina Permanente de Teatro e Circo, realizada na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna. Os interessados na oficina de técnicas circenses podem se inscrever pelo formulário online até o dia 11 de abril de 2025. Os links de inscrição estão disponíveis no Instagram da Oficina.

Idealizado pelo diretor teatral e produtor cultural Lino Rocca e pela atriz e artista circense Vânia Santos, o projeto busca difundir a tradição circense na cultura brasileira. "A Oficina Permanente de Teatro e Circo é um marco na história cultural do Estado, oferecendo aulas de malabarismo, acrobacia, técnicas teatrais, palhaçaria, perna de pau, lira, tecido e história do circo. Dividida em formações em técnicas circenses e teatrais, a Oficina insere seus participantes no mercado de animação cultural, recreação infantil e no universo profissional circense e teatral", afirma Lino.

A Oficina Permanente é resultado de pesquisa sobre o processo criativo do atuante, baseada em técnicas psicofísicas voltadas à composição de personagem.

"Temos uma metodologia que chamamos de thymos, palavra grega que significa energia vital. Trabalhamos com exercícios variados, cânticos sagrados e danças circulares dos povos, buscando uma ação ativa correlata às ideias das ações físicas", explica Rocca.

Dentro da programação, será montado o espetáculo "Ubu Rei", de Alfred Jarry, que será encenada na arenas culturais da Pavuna, Vista Alegre e Guadalupe. "Escrita no fim do século 19, 'Ubu Rei' permanece atual mesmo após 120 anos, sendo precursora do surrealismo, dadaísmo e teatro do absurdo. A peça antecipa a ascensão dos totalitarismos, extremismos e ditaduras dos séculos 20 e 21", analisa Vânia Santos.

Rocca traça um paralelo entre os protagonistas da obra e líderes políticos contemporâneos, destacando padrões de abuso de poder que atravessam mais de um século. "Se o rei e a rainha Ubu encarnaram a deturpação e o abuso de poder ao longo da história, hoje representam dirigentes que incitam ódio, preconceito racial e social, disseminam violência, desmantelam políticas públicas e sufocam direitos humanos sem empatia pelo sofrimento alheio", pontua.