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A conexão marciana de Mônica Martelli

Em 'Minha Vida em Marte', Mônica Martlelli dá vida às anfgústias e dilemas da personagem Fernanda após o divórcio. O sucesso do espetáculo rendeu uma adaptação cinematográfica que levou 5 milhões de pessoas às salas de exibição | Foto: Camila Cara/Divulgação

Espetáculo levou mais de 350 mil pessoas ao teatro e originou versão cinematográfica que conquistou milhões de espectadores, tendo Paulo Gustavo no elenco, o monólogo "Minha Vida em Marte", de Mônica Martelli, volta ao Rio em aprseentação única neste sábado (15) no Qualistage. É o retorno da comédia à cidade após ser assistida por mais de 350 mil espectadores pelo país.

"Minha Vida em Marte" traz a personagem Fernanda casada há oito anos e em crise no casamento. Vamos ver a protagonista tentando encontrar saídas para as intolerâncias diárias que a rotina traz, a falta de libido, o acúmulo de mágoas e as expectativas frustradas. "Ela luta contra o medo da separação, o medo da solidão, o medo de ressignificar sua vida e, claro, o medo de se separar com 45 anos numa sociedade machista onde a mulher não tem permissão para envelhecer", explica Mônica.

Tendo como inspiração suas próprias experiências, Mônica leva ao teatro um monólogo bem-humorado que aproxima através do riso e leva homens e mulheres à reflexão. E assim a atriz se confirma como uma das autoras brasileiras que melhor traduzem o comportamento feminino moderno. Será que é possível voltar a se apaixonar pelo marido? Ou a solução é se separar? A comédia toca ainda em temas como traição, machismo, trabalho duplo da mulher e educação dos filhos. Ou seja, é um texto libertador que foi escrito sob a premissa de que ser feliz é fundamental.

Desde que estreou, em 2017, "Minha Vida em Marte" passou por dezenas de cidades brasileiras, sempre com sessões esgotadas. Com cinco indicações a prêmios, a peça inspirou o filme homônimo que levou mais de 5 milhões de espectadores aos cinemas e que marca a sua última atuação com o amigo Paulo Gustavo (1978-2021). Assim como no teatro e na TV, Mônica foi dirigida por sua irmã, Susana Garcia, celebrando mais uma vez o sucesso da parceria.

Esse é o pano de fundo para Fernanda se questionar na terapia de grupo. São nas sessões de análise que ela narra e vivencia deliciosamente as alegrias e os muitos problemas do seu casamento. Ali ela expõe assuntos íntimos como a intolerância no casamento, a falta de tesão, as tentativas de "trabalhar a relação" e percebe que nas relações estagnadas adia-se o afeto e acumulam-se as mágoas. "É muito comum no casamento a gente deixar para amanhã a ternura, o sexo: a gente adia o afeto", revela Mônica sobre Fernanda.

A atriz carioca é a criadora, autora e intérprete de "Os Homens São de Marte... E é pra Lá que eu Vou!", dirigido por Victor Garcia Peralta, montagem que durante 12 anos foi vista por mais de 2,5 milhões de espectadores, passou por 40 cidades em 20 estados brasileiros, além de Portugal, e tornou-se um dos mais longevos sucessos de público do gênero no país. O monólogo foi um verdadeiro fenômeno teatral e deu origem ao filme que levou aos cinemas dois milhões de espectadores em 2014. Em seguida veio a série de quatro temporadas no GNT, dirigida por Susana Garcia, um dos maiores sucessos do canal.

Por nove anos, Mônica atuou como uma das apresentadoras do programa Saia Justa, no GNT - participou ainda de novelas globais como "Beleza Pura" e "Tititi", integrou o elenco do seriado Mandrake, da HBO, e de filmes como "Trair e Coçar e Só Começar".

SERVIÇO

MINHA VIDA EM MARTE

Qualistage (Via Parque Shopping - Av. Ayrton Senna, 3000 - Barra da Tijuca)

15/2, às 21h

Ingressos a partir de R$ 45