Por: Por Ana Luiza Rossi

Após parada, Educação de Valença anuncia greve

Os profissionais da educação da rede municipal de Valença decidiram por greve a partir desta segunda-feira (08) para cobrar o cumprimento da data-base por parte da prefeitura. Na última quinta-feira (04), a categoria já havia feito uma paralisação de 24 horas pelo mesmo motivo, além de reajustes salariais.

A decisão foi tomada na última semana após uma assembleia no Adro da Catedral, organizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ). De acordo com o sindicato, profissionais e funcionários afirmam que não podem concluir o ano letivo caso não haja anúncio de reajuste para os servidores da educação.

Ainda de acordo com a entidade, uma comissão do Sepe foi recebida pelo secretário de Administração, Wallace Pavão, e pela secretária de Fazenda, Denise Souza. Na reunião, o governo municipal sinalizou a possibilidade de reposição à data-base de 2025 e a publicação dos 6% de reajuste, que já consta no Boletim Oficial de nº 2.016, de 3 de dezembro.

'Reflitam, por favor', diz prefeito Saulo Corrêa

Neste sábado (07), o prefeito Saulo Corrêa fez um apelo em suas redes sociais para que os profissionais da educação reconsiderassem a decisão de entrar em greve. Isso porque, segundo o prefeito, foi necessário uma "grande economia" do município para conceder o aumento de 6%.

- Com esse aumento, Valença passa a ter o maior salário da região, bem acima do salário do professor da rede estadual, que não está fazendo greve. Aos demais profissionais de apoio, lembro que, nos anos anteriores, os reajustes de vocês sempre ficavam abaixo dos dos professores, e nós concedemos os mesmos 6% para vocês. A greve não prejudica o prefeito; prejudica os alunos e os pais - pontuou o prefeito.

Mas, ao que tudo indica, a categoria não deve recuar. Em resposta ao vídeo publicado pelo prefeito, o coordenador geral do Sepe de Valença, Felipe Duque, ele afirma que a greve é um direito constitucional quando outro direitos não são contemplados.

- Estamos falando da data-base que é um direito no estatuto do servidor, a qual o prefeito e todo governo não estão cumprindo. Reivindicamos ao prefeito que faça uma negociação e apresente uma proposta de retroativo, porque os profissionais da educação não querem greve. Quem provoca a greve é você, quando não respeita a legislação - destacou Felipe.

O Correio Sul Fluminense entrou em contato com assessoria de imprensa da prefeitura para saber se há alguma atualização na negociação com a categoria, mas, até o fechamento desta edição, não houve retorno.