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Usina fotovoltaica vai gerar economia de quase R$ 5 milhões por ano em VR

As obras de construção da segunda estação geradora de energia fotovoltaica de Volta Redonda, no bairro Nova Primavera, avançam e a expectativa é de que a unidade seja entregue no início de 2026. Até o momento, foram instaladas 2.520 dos 5.752 módulos de placas fotovoltaicas (43,8% do total), com capacidade de 575 Watts-pico (Wp) cada um, distribuídos em quatro blocos. Quando estiver em funcionamento, a usina tem previsão de proporcionar uma economia de quase R$ 5 milhões por ano ao município.

Esta economia virá por meio de um acordo entre o governo municipal e a concessionária de energia Light. A usina vai funcionar no esquema on-grid, em que a unidade é conectada à rede da concessionária e sua produção é descontada do gasto equivalente pelo governo municipal. No caso dessa parceria, o desconto virá na conta da Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro Belmonte: como a expectativa de geração de energia da usina é de 356,4 mil kilowatts por mês, isso proporcionaria um abatimento médio de R$ 399 mil mensais na conta da ETA Belmonte - aproximadamente R$ 4,8 milhões por ano, ou 20% do consumo da estação de tratamento do Saae-VR (Serviço Autônomo de Água e Esgoto).

Segundo o engenheiro Sebastião Leite, que coordena pela prefeitura o projeto de construção da usina fotovoltaica, o investimento no projeto é de R$ 12,280 milhões. A contrapartida da Light é a construção da rede de conexão, com valor estimado de R$ 932 mil, que vai levar a energia convertida em corrente alternada pelos inversores até a Rua Edson Pedro, no Nova Primavera, onde será integrada à rede de distribuição da empresa.

Dessa forma, o retorno do investimento terá início cerca de três anos depois da inauguração, sendo que uma unidade do tipo tem expectativa de funcionar por pelo menos 15 anos com eficiência máxima de captação, e, depois disso, uma vida útil de cinco a dez anos de funcionamento com uma eficiência entre 80% e 85%.

Maior eficiência

O engenheiro explica, ainda, que o local escolhido - um morro localizado na Fazenda Três Poços, com acesso pela Pedreira Volta Redonda - está virado para a direção norte, o que vai permitir uma maior captação de energia solar durante todo o ano, devido à angulação em que as placas estão sendo colocadas.

- Para ter uma ideia, esse projeto de energia solar tem capacidade para alimentar mais de duas mil residências -compara Sebastião, acrescentando que as placas solares instaladas são bidirecionais (bifaciais), gerando energia tanto na parte superior quanto através do reflexo na parte inferior, aumentando a eficiência.