A arte de Clécio Penedo é reconhecida não somente na região Sul Fluminense, como no Brasil inteiro. O artista, que frequentou a Escola Nacional de Belas Artes durante a década de 1950, desenvolveu trabalhos de criação própria e encomendados por instituições de arte de diversas partes do Brasil. O estilo do artista apresentou diversas formas ao longo de sua carreira: de desenhos com traços tradicionais até experimentos com colagens e uso de figuras de impacto e cores vivas. Um dos trabalhos mais notórios do artista é o painel "Colonização e Dependência" - que aborda, por meio de imagens simbólicas, diferentes momentos da história brasileira, como o sistema colonial, o processo de independência e perspectivas para o futuro do país -, encomendado pelo Museu Histórico Nacional na década de 1980.
O nome do documentário faz referência a uma das séries de desenhos mais reconhecidas de Clécio, "És Tupi do Brasil", que retrata, por meio de diferentes obras, o apagamento dos povos originários brasileiros. Esta e outras coleções do artista foram revisitadas no documentário, passando por toda a evolução do pensar artístico e social de Clécio.
Além do Museu Histórico Nacional, obras do catálogo do artista também foram expostas no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro; no Museu Lasar Segall, em São Paulo; no Museu Imperial, em Petrópolis; e alcançou, ainda, reconhecimento em casas de arte do Japão e da Alemanha.
Em Barra Mansa, a apreciação pelo legado do artista se expressa por meio de homenagens; o nome de Clécio foi utilizado para intitular escola, galeria de arte, rua e honraria para medalha de mérito cultural.