Por: Richard Stoltzenburg - PETR

Guapimirim fez consulta pública sobre ampliação do Parque Natural

Parque do Jaíbi tem 57,92 hectares de extensão | Foto: Divulgação

A Prefeitura de Guapimirim realizou uma consulta pública aberta para aprovar a proposta de ampliação do Parque Natural Municipal Nascente do Jaíbi. O município fez um estudo técnico para a ampliação da unidade de conservação em aproximadamente 995 hectares, afim de proteger o bioma a preservação dos recursos naturais da região.

O estudo foi produzido por equipe da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade de Guapimirim, que fez um levantamento dos dados para caracterização da área. Em fevereiro deste ano, foram realizadas visitas técnicas no local onde se pretende ampliar a unidade de conservação. A unidade de conservação está localizada na região sul município, em área próxima ao manguezal fluminense e foi criada em 2015 por meio de decreto municipal com o objetivo de promover proteção hidrológica, tendo como a principal nascente a do rio Jaíbi.

Segundo a prefeitura, o estudo reúne uma breve caracterização biológica, física e socioeconômica da região, com informações sobre o ecossistema, além de dados referentes ao clima, geomorfologia e recursos hídricos. Também foram levantadas informações sobre a possibilidade de visitação pública e seu potencial turístico sustentável.

A consulta pública foi realizada por meio do site da prefeitura, e se encerrou neste último dia 30 se setembro.

Proteção de espécies

O parque natural conta atualmente com área de 57,92 hectares, e possui área de floresta ainda preservada, abrigando espécimes da flora e fauna. A expectativa da ampliação da reserva visa também a proteção de espécies da flora e da fauna local. A unidade conta com espécies como a caixeta, árvores da Mata Atlântica, ameaçada de extinção. Acredita-se que também abrigue espécies com o peixe-pérola esplêndido (Leptopanchax splendens), espécie de peixe de água doce endêmica do Brasil, mais especificamente da região do Rio de Janeiro, considerado 'criticamente em perigo' pela classificação de extinção.

A região abriga ainda avez como gavião-pega-macaco, que, segundo o estudo, embora não esteja ameaçado de extinção, tem se observado cada vez menos a espécie na região.

De acordo com a proposta, a área ainda carece de estudos mais aprofundados para o registro da fauna e flora presentes afim de se promover um manejo adequado da unidade de conservação e regular o uso da área. O estudo aponta que a ampliação do Parque Natural Municipal Nascente do Jaíbi, com a adição de quase 955 hectares à sua área atual, é de fundamental importância para a proteção de uma parcela significativa de Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro, fomentando, entre outros, a pesquisa, a educação ambiental e o turismo.