Por:

Museu do Amanhã celebra uma década

Exposição gratuita marcou o aniversário do Museu do Amanhã | Foto: Prefeitura do Rio

Por Paula Vieira

O Museu do Amanhã completa dez anos nesta quarta-feira (17) reafirmando seu papel como um dos principais equipamentos culturais do país e um símbolo da revitalização da Zona Portuária do Rio. Para marcar a data, o museu abriu as portas gratuitamente ao público e inaugurou a exposição temporária "Oceano - O Mundo é um Arquipélago", em cartaz até 19 de maio de 2026.

Inaugurado em 2015, o museu já recebeu mais de 8 milhões de visitantes e se consolidou como um espaço voltado à reflexão sobre ciência, sustentabilidade e futuros possíveis. Ao longo da década, promoveu mais de mil atividades públicas, impactou cerca de 27 mil pessoas em programas educativos e sediou debates internacionais, como encontros do G20 e o Prêmio Earthshot Prize.

"Esse marco é uma amostra do acolhimento genuíno que o Museu recebeu por parte dos brasileiros e dos tantos turistas estrangeiros que aportaram aqui. E muito nos orgulha o fato de sermos um museu popular", afirmou o diretor Cristiano Vasconcelos, ao destacar a programação especial que se estende por 2026.

A nova exposição propõe uma imersão sensorial no oceano como origem da vida e sistema inteligente essencial ao equilíbrio do planeta. Estruturada a partir dos eixos Memória, Atenção e Antecipação, a mostra dialoga com os princípios da Cultura Oceânica da UNESCO e reúne ambientes imersivos, projeções e obras contemporâneas.

Entre os destaques estão a sala "Vida", com o esqueleto de uma orca de sete metros cedido pelo Museu Nacional, e "Borda", que aborda a relação entre a ação humana e as respostas do oceano, como a elevação do nível do mar. O percurso se encerra com instalações que convidam à reflexão coletiva sobre os futuros possíveis. Os ingressos estão disponíveis no site do Museu (museudoamanha.org.br).

O aniversário também marca a apresentação de uma nova etapa da renovação da exposição permanente, com a inauguração da sala "Onde Estamos?", que substitui o antigo espaço Antropoceno e propõe uma experiência audiovisual sobre o tempo presente.

"Há 10 anos, quando inauguramos o Museu do Amanhã, assumimos o compromisso de ir além, e cumprimos", afirmou Ricardo Piquet, diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (idg). "Hoje somos referência internacional em museus voltados para o futuro, com projetos que aproximam a população da comunidade científica e inspiram a construção de amanhãs mais sustentáveis", celebrou.

Inserido no território da Pequena África e conectado a redes globais de museus, o Museu do Amanhã completa 10 anos reafirmando a união da ciência, cultura, sustentabilidade e participação social.