Por: Redação

'Cambistas não podem mandar no Maracanã': Presidente da Alerj exige preços populares e sugere CPI

Garrafas estão proibidas no entorno | Foto: Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

Na véspera do jogo entre Flamengo e Ceará, que pode tornar o Rubro Negro campeão brasileiro de 2026, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), cobrou explicações da presidência da Suderj sobre o critério de distribuição de ingressos para jogos no Maracanã. O deputado disse ser “inadmissível” que apenas cambistas disponham de entradas em jogos decisivos e cobrem preços abusivos, como na partida desta quarta-feira (3).

O parlamentar conclamou os deputados avaliarem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao comentar que ingressos estão sendo vendidos a quase R$ 1 mil por cambistas.

“Isso afasta do Maracanã as pessoas com dificuldade financeira. Em respeito ao público, a Assembleia Legislativa precisa olhar para isso”, comentou o presidente da Alerj, lembrando que a maioria dos ingressos já é vendida pelos clubes através do programa “sócio-torcedor”.

Preço social para torcedores do Flamengo em vista

Rodrigo Bacellar revelou ter sugerido ao presidente do Flamengo destinar de 12% a 15% dos ingressos a preço social de forma a permitir preços mais baratos. Segundo o deputado, já existe diálogo também com o Corpo de Bombeiros para criar setores populares e ampliar o acesso da população.

O presidente da Alerj criticou que não está sobrando ingresso para a população participar do espetáculo, e propôs que o presidente da Suderj preste esclarecimentos na Alerj juntamente com todos os órgãos de fiscalização. “Para a gente dar uma vacina nessa questão dos ingressos do Maracanã”, concluiu.

Cadeiras exclusivas do Legislativo

Outro ponto levantado por Bacellar diz respeito à quantidade de camarotes disponíveis para a Alerj. Ele criticou o fato de o Legislativo estadual ter direito a apenas um espaço, enquanto o governo do estado ocupa cinco. Em discurso, afirmou: “É inadmissível o governo ter para mais de cinco camarotes e sobrar um só para Alerj que dá 21 pessoas, e somos 70 deputados”, criticou.