Por: Paula Vieira

Operação Rastreio combate roubo e revenda de celulares

Os policiais civis realizam diligências em 11 estados para conter roubos de celulares | Foto: Divulgação PCERJ

A Polícia Civil realizou nesta segunda-feira (17) mais uma etapa da Operação Rastreio, ação coordenada pelo Governo do Estado para combater roubo, furto e revenda ilegal de celulares. Ao todo, 132 mandados de prisão foram expedidos, 32 suspeitos detidos em flagrante e vários pontos usados para comercialização de aparelhos roubados foram interditados. A ofensiva contou com unidades de inteligência, equipes da DRCPIM e apoio de outras polícias civis do país.

A investigação avançou após a prisão, em maio, de Alan Gonçalves, apontado como o responsável por ensinar a quebrar sistemas de segurança dos aparelhos. Agora, os alvos são seus "clientes", receptadores que enviavam celulares para desbloqueio e abasteciam o comércio clandestino.

Segundo a Polícia Civil, os criminosos atuam em 11 estados, entre eles Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e regiões do Norte e Nordeste. Em endereços vistoriados havia lojas e pontos de venda de aparelhos roubados, com aparência de legalidade. Entre os investigados estão infratores que solicitavam desbloqueio para acessar dados sensíveis das vítimas e abrir contas, contratar empréstimos e desviar valores.

O governador Cláudio Castro (PL) reforçou que o objetivo é ampliar a pressão sobre o esquema: "O celular hoje é um dos bens mais valiosos, pois concentra dados pessoais. Vamos ampliar essa iniciativa para cortar o mal pela raiz e fortalecer o combate ao crime organizado". O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, destacou a dimensão nacional do caso: "Estamos desarticulando a maior rede interestadual de roubo de celulares do país".

O balanço da Operação Rastreio já soma mais de 12,5 mil celulares recuperados, 2.800 devolvidos aos donos e mais de 700 criminosos presos.

Prisão em flagrante por roubo de celular na 10ª DP

No início da tarde, na 10ª DP, em Botafogo, o Correio da Manhã acompanhou a prisão em flagrante de um jovem de 18 anos, detido logo após roubar um celular próximo ao Mourisco. A captura ocorreu depois que policiais à paisana montaram uma emboscada e fecharam as rotas de fuga. O bandido tentou ocultar o aparelho colocando em modo avião, mas após a apreensão, a vítima foi contatada para devolução.

 

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Prisão em flagrante de jovem de 18 anos por roubo de celular em Botafogo | Foto: Paula Vieira/CM

O agente Marcus Vinicius Vieira da Silva, lotado na Operação Segurança Presente, que efetuou a prisão, explicou que os flagrantes têm aumentado por conta das operações de rotina e da comunicação entre diferentes grupos de segurança, o que propicia que a informação chegue mais rápido, facilitando as abordagens.

Ele também destacou a importância da tecnologia, como notificações enviadas a aparelhos roubados e reconhecimento facial em grandes eventos: "É uma função preventiva. Antes de tentar acessar o local, aqueles que são recorrentes ou têm mandados em aberto são identificados e conduzidos à delegacia".

Sobre o trabalho dos policiais disfarçados, Silva reforçou: "Em grandes eventos e no dia a dia, há policiais à paisana. O indivíduo não percebe que está sendo observado. Assim conseguimos evitar o delito ou prender em flagrante".

Ele ainda listou os crimes mais comuns na capital carioca: "O primeiro é o roubo de celular; depois, os furtos de motos; e, em terceiro, outros bens que a pessoa carrega no momento", concluiu o agente Marcus Vinicius Vieira da Silva.