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Votação do PPA e LOA é suspensa por violência

Votação foi adiada devido a operação policial realizada na capital nesta terça-feira (28) | Foto: Eduardo Barreto / CMRJ

Por Paula Vieira

A Comissão de Finanças da Câmara Municipal do Rio realizou, nesta terça-feira (28), uma audiência pública sobre o Plano Plurianual (PPA) 2026-2029 e a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, com representantes das secretarias de Cultura e Educação. O PPA prevê arrecadação de R$ 197,2 bilhões próximos quatro anos, enquanto a LOA estima R$ 52,4 bilhões em receitas para 2026.

A Cultura terá R$ 290 milhões no orçamento do próximo ano. Entre as ações destacadas estão a territorialização da produção cultural, com R$ 18,9 milhões, e o apoio a eventos pela Lei do ISS, com R$ 86,9 milhões. Estão previstos ainda R$ 69 milhões para obras em unidades culturais e R$ 28,8 milhões para gestão dos espaços. Questionado sobre a ausência de metas na territorialização, o secretário Lucas Padilha explicou que "algumas ações foram simplificadas no PPA para tornar o orçamento mais claro ao acompanhamento da Câmara e da sociedade".

Com orçamento superior a R$ 10 bilhões, a Educação tem as metas de atingir 77% de alfabetização até o 2º ano, 70% de matrículas em tempo integral, formar 200 mil alunos em programação e implantar 500 Ginásios Educacionais Tecnológicos até 2029. O secretário Renan Ferreirinha afirmou que as ações de tecnologia foram reorganizadas "para unificar iniciativas de conectividade e transformação digital".

A Multirio destacou que o programa 'Educação para um Futuro Inspirador' está alinhado ao Plano Municipal e prevê 75 produções educativas por ano.

Os vereadores William Siri (PSOL) e Leonel de Esquerda (PT) cobraram valorização dos servidores: "Os salários dos servidores têm uma defasagem de 28,3%", afirmou Leonel.

O PPA e a LOA seriam votados em segunda discussão no plenário nesta terça, mas a sessão foi adiada pelo presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD), devido ao cenário de violência na cidade.

"Em função dos acontecimentos de segurança pública, que levaram ao fechamento de vias, dificultando o deslocamento de servidores e parlamentares, a decisão visa garantir a segurança de todos", declarou Caiado.