Morreu na tarde desta segunda-feira (27), no Rio de Janeiro, o advogado Sergio Bermudes, aos 79 anos, vítima de insuficiência respiratória em decorrência de Covid-19. Um dos nomes mais influentes da advocacia no Brasil, ele atuou na defesa da democracia durante os anos mais sombrios do regime militar.
Bermudes esteve à frente na ação movida por Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura em 1975. O caso histórico resultou em uma das primeiras condenações da União pelas torturas e assassinatos cometidos contra opositores.
Fundado em 1969, o escritório Sergio Bermudes Advogados, hoje tem sedes no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. Em 1985, Bermudes integrou a comissão responsável pela revisão do Código de Processo Civil e exerceu o cargo de juiz do TRE-RJ. O governador Cláudio Castro emitiu uma nota de pesar.
"O Brasil perdeu Sérgio Bermudes, um dos maiores nomes na advocacia. Sua trajetória foi marcada pela inteligência, pela dedicação ao Direito e pela construção de um dos escritórios mais respeitados do país. Bermudes deixa um legado de excelência profissional e compromisso com a Justiça, que continuará a inspirar gerações. Neste momento de dor, expresso minha solidariedade aos familiares, amigos e colegas de profissão", declarou.