O Ministério da Saúde confirmou um caso suspeito de intoxicação por metanol em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), o paciente está sob monitoramento e passa por exames para confirmar a substância.
O caso foi divulgado após o reforço da fiscalização nos municípios e a criação de uma "sala de situação" pelo Governo do Estado para acompanhar possíveis intoxicações. Na primeira reunião, na última sexta (3), foram definidos os protocolos de atendimento e foi lançada uma cartilha orientativa para consumidores e comerciantes sobre a origem segura das bebidas.
A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, determinou alerta às UPAs para pessoas com sintomas de intoxicação: "Quem apresentar sintomas como visão turva, desconforto gástrico e gastrite após ingestão de álcool deve procurar a unidade mais próxima. Os sinais podem surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão".
Rio "de olho no metanol"
Na capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) intensificou a fiscalização em bares, restaurantes, supermercados e quiosques, com apoio do Procon, Vigilância Sanitária e SEOP. 13 rumores de intoxicação foram investigados, mas acabaram descartados. Uma resolução tornou obrigatória a notificação imediata de casos suspeitos por profissionais de saúde, e locais de venda irregulares podem ser interditados.
O secretário municipal, Daniel Soranz, alertou: "Essa situação com o metanol é gravíssima. Iniciamos fiscalização rigorosa e orientamos todas as unidades de saúde a notificar e tratar rapidamente qualquer caso suspeito. Não haverá tolerância a adulterações".
A Polícia Civil cumpre 21 mandados de busca e apreensão em estabelecimentos suspeitos. Foram apreendidas centenas de garrafas para análise, e seis pessoas foram levadas à delegacia, respondendo por adulteração de bebidas e crimes contra relações de consumo. Até sábado (4), 130 estabelecimentos foram vistoriados, com sete interditados total ou parcialmente e 14 autuados por irregularidades sanitárias.
