As férias da molecada vão ganhar uma novidade simplesmente espetacular, que mistura aventura e aprendizado de forma lúdica.
O BioParque do Rio, antigo Jardim Zoológico, inauguraria nesta sexta-feira (18) o espaço 'Reino dos Axolotes'. Porém, a atração teve de ser adiada. Na noite da quinta (17), o BioParque do Rio anunciou por meio de suas redes sociais o fechamento emergencial por conta da morte de galinhas-d'angola no local. Por conta disso, a instituição passará por uma fiscalização sanitária, seguindo todos os protocolos de biossegurança, para evitar possíveis contaminações de outros animais e do público, enquanto as mortes passam por investigação. Não há uma data para reabertura.
Quando for reaberto, BioParque inaugurará o recinto 'Reino dos Axolotes', que mistura, em uma experiência imersiva, a zoologia e a cultura mexicana. Esses anfíbios tão exóticos caíram nas graças da internet há alguns anos, quando viraram febre entre influenciadores. Porém, a espécie é proibida no Brasil. Ou seja, os animaizinhos eram fruto de tráfico internacional de espécies ou de criadouros não regulamentados.
Vinda do México, essa espécie é cercada por lendas ancestrais. Por conta disso, os axolotes do BioParque do Rio ganham um ambiente cenográfico inspirado nos canais de Xochimilco e nas tradições do Día de Muertos, combinando cultura, tecnologia e conservação. Com guelras externas, aparência de "sorriso permanente" e a habilidade de regenerar partes do corpo, esses anfíbios já conquistaram o imaginário de crianças e adultos, principalmente os fãs dos jogos e animações da franquia 'Pokémon', que teve o Mudkip inspirado na espécie. Agora, porém, os bichinhos estão mais próximos e podem ser vistos de perto na Quinta da Boa Vista.
"Mais do que uma exposição, o Reino dos Axolotes é um convite à reflexão sobre como nossas escolhas impactam o futuro da biodiversidade", comenta Marcos Traad, diretor técnico do Grupo Cataratas.
Resgatados
Os axolotes expostos foram vítimas do tráfico e resgatados pela Polícia Rodoviária Federal em 2022. Após passarem por reabilitação no Bioparque Pantanal, chegaram ao Rio de Janeiro em maio de 2025, com acompanhamento técnico do AquaRio até a abertura do novo espaço.
O espaço abriga ainda outros animais vítimas do tráfico, ampliando o alerta sobre o impacto do comércio ilegal de animais silvestres.