No dia 30 de maio, sexta, às 18:30h, o Museu da Caricatura Brasileira vai apresentar o fac-símile de uma obra-prima da arte brasileira. Trata-se da Réplica, em tamanho real (mais de um metro de altura) da obra do caricaturista Fritz (Anísio Oscar Motta), o famoso Monumento do Pequeno Jornaleiro, muito importante e simbólico para a própria história da imprensa.
A realização da réplica demandou vários anos e um esforço extraordinário, pois a primeira tentativa, em molde de gesso, foi malograda. Foi necessário a maturação do melhor método, que é a cópia feita através do molde de silicone, para que o intento de realizar uma cópia a mais fiel possível, captando toda a forma expressionista da obra do autor, obtivesse êxito. A Réplica foi finalizada na Fundição Artística São Vicente, em Minas Gerais.
O historiador Luciano Magno, Presidente do Museu, acompanhou toda a história desse monumento artístico, quase centenário (foi inaugurado em 1933), no Centro do Rio: sua retirada da via pública em 2016; sua guarda no Parque Noronha Santos (2016-2019), quando então a Prefeitura do Rio o autorizou a realizar o molde da réplica, um importante passo para a sua preservação, salvaguardando a original com uma cópia de segurança. Agora, o público carioca e estrangeiro poderá deleitar-se apreciando essa magistral obra de arte, de autoria de um dos nossos maiores caricaturistas, no Museu da Caricatura Brasileira, na Rua Primeiro de Março 22, no Centro do Rio de Janeiro.
A estátua
A estátua do "Pequeno Jornaleiro" é um trabalho que compôs um tipo humano e real: o garoto, que trabalha vendendo jornais, com as vestes remendadas e em desalinho, apregoa as folhas que tem sob o braço. Representa um fenômeno social que ocorreu entre 1900 até 1980, em várias cidades do Brasil, e por isso é tão conhecida.
Quanto ao personagem que deu origem ao monumento, a versão mais usual é de que a estátua representa o menino José Bento de Carvalho, que aos dez anos, percorria as ruas vendendo jornais. Cantava o dia inteiro, e era famoso pela facilidade com que subia nos bondes e atravessava as ruas da cidade, a apregoar, aos gritos, as manchetes do dia.