Por Marcello Sigwalt
2024 ficará marcado na história como o ano em que o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão colecionou o maior número de recordes. Que o diga o RIOGaleão Cargo, que registrou o maior volume de importações de sua existência, ao totalizar um montante de US$ 131 bilhões que, por sua vez, corresponde a 59,7 mil toneladas de mercadorias importadas e exportadas. Este último dado equivale a um crescimento de 18% em valor e 16% em peso, no comparativo com 2023.
Além das marcas excepcionais de movimentação, a instituição também avançou no quesito de eficiência, ao reduzir em 9% o tempo médio de permanência dos produtos, encurtado para 31 horas e 5 minutos.
Como pano de fundo para tal desempenho de 'céu de brigadeiro', o crescimento do aeroporto internacional contou com o impulso decisivo do número de voos procedentes dos Estados Unidos e da Europa, sem contar aquele propiciado pela nova rota cargueira da Atlas Air.
O gerente comercial da RIOgaleão Cargo, Leandro Lopes, considera que a infraestrutura moderna e a eficiência operacional do terminal foram fatores determinantes para atrair empresas de diversos setores, o que inclui indústrias de outros estados e países.
Entre os setores que 'turbinaram' o crescimento do RIOgaleão Cargo, destaque para o transporte Aéreo ( 22%); petróleo e Gás ( 12%); setor farmacêutico ( 9%). Nesse rol, se incluem os setores: automotivo: 102% em valor e 193% em peso e têxtil: 57% em valor e 51% em peso;
Aqui também cabe fazer referência à alta expressiva da movimentação de cargas domésticas, em que o volume transportado pelas três principais companhias aéreas nacionais nos aeroportos do Rio de Janeiro cresceu 40%, com expansão de 20,9 mil para 29,2 mil toneladas. No RIOgaleão Cargo, esse crescimento foi ainda mais expressivo, chegando a 177%, em que o volume transportado subiu de 9,1 mil para 25,1 mil toneladas.
Outro destaque foi aumento da oferta de espaço para transporte de cargas nas aeronaves, que favoreceu a redução dos custos do frete aéreo internacional. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) atestam que o custo do transporte de mercadorias recuou 24% nos voos dos Estados Unidos e 7% nos voos vindos da Europa.
Para o diretor de negócios aéreos do RIOgaleão, Patrick Fehring, o desafio para 2025 está relacionado à expansão da eficiência e do leque de atuação.