Mais de 650 mil alunos de 1.557 escolas da Secretaria Municipal de Educação iniciaram, nesta quarta-feira (5), o ano letivo de 2025. Este será o segundo ano de vigência da proibição do uso de celulares pelos estudantes em todos os espaços das unidades municipais de ensino, medida que já apresentou resultados positivos.
Em 2024, a medida foi adotada pioneiramente por meio de decreto municipal, o que gerou uma mobilização nacional sobre o tema e resultou na aprovação de uma lei federal. Para marcar a volta às aulas, o prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, visitaram a Escola Municipal Jean Mermoz, no Cachambi.
"O secretário Ferreirinha deu início a essa ousada experiência, a de proibir o uso de celulares, e observamos que as crianças passaram a ter mais tempo para se concentrar nas aulas, interagir e viver de forma mais autêntica. Essa é a verdadeira função da escola. Foi uma decisão acertada, ao ponto de ter sido adotada como política pública nacional. Estamos apenas começando a ver os resultados, e estou muito otimista com este novo ano letivo", destacou o prefeito.
A ideia da restrição ao celular surgiu em diálogos com outros secretários pelo mundo e devido à percepção de que, após a pandemia, estudantes voltaram às escolas desatentos e com crises de ansiedade.
Pesquisa da Secretaria de Educação apontou que a proibição do aparelho reduziu incidentes de bullying, as escolas se tornaram mais barulhentas, pois os recreios ficaram mais movimentados, em que as crianças e adolescentes voltaram a participar da vida escolar.
O levantamento ainda verificou ganhos em relação à concentração, à participação nas aulas e ao desempenho dos alunos.
As chances de um aluno do nono ano estar no nível adequado de aprendizado de matemática aumentaram em 53%. Já para estudantes do oitavo ano, as chances aumentaram em 32%. Notou-se também uma redução significativa de episódios de cyberbullying praticados nos horários de intervalo.