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Com salto de 82% em 2024, Galeão consolida recuperação

Por Marcello Sigwalt

Com um aumento 'avassalador' de 82% no fluxo total de passageiros (14,440 milhões) e de 30% de desembarques internacionais (4,7 milhões) em 2024, no comparativo anual, o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, ao obter o segundo ano seguido de crescimento, consolida seu processo de recuperação.

Na avaliação de especialistas, o terminal da Ilha do Governador (Zona Norte) resgatou o papel histórico de protagonismo no cenário aeroviário nacional, em decorrência de medidas, como ampliação de rotas, chegada de novas companhias aéreas, sem contar a decisão estratégica de redistribuir voos, então concentrados no Santos Dumont.

A mudança estrutural bem-sucedida no setor teve início em 2023, quando o Ministério de Portos e Aeroportos decidiu limitar o fluxo do Santos Dumont a 6,5 milhões de passageiros anuais, num momento em que este aeroporto operava acima da capacidade, com mais de 11 milhões de passageiros por ano. Em contraste, o Galeão amargava queda substancial de movimento, acumulada em 65%, entre 2015 e 2022.

A reação do Galeão veio rápida, mediante a operação de 27 destinos domésticos e 25 internacionais, patamar que serviu para que este recuperasse sua malha aérea. Entre os destinos nacionais, se destacam: Campo Grande (MS) e São José dos Campos (SP) foram incluídos na malha, enquanto rotas regulares para Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO) e Vitória (ES) foram retomadas.

Já os destinos internacionais mais representativos são: a inauguração das linhas Rio-Dallas e Rio-Montevidéu, além de frequências para destinos como Miami, Buenos Aires, Atlanta, Paris e Madri foram ampliadas.

Hub estratégico

Contando, atualmente, com 15 companhias aéreas, o Galeão assume o papel de 'hub estratégico', no contexto deste modal de transporte global.

Diante de tais números animadores, o terminal internacional do Rio prevê que, para a alta temporada, hoje em curso (dezembro de 2024 a março de 2025), são esperados 5,2 milhões de passageiros, o que corresponde a um aumento de 27% em relação ao ano passado, com 32,8 mil chegadas e partidas.

Acompanhando a tendência, o setor de cargas também teve avanço expressivo, com um volume de carga internacional de US$ 13 bilhões em 2024, envolvendo indústrias de óleo e gás, farmacêutica, química e aeronáutica. A carga doméstica (distribuição de encomendas, como eletrônicos), registrou expansão de 30%.