Por: Por Gabriela Gallo

Moraes diz que reuniões trataram de Lei Magnistky

Ministro é acusado de envolvimento em caso do Banco Master | Foto: Reprodução/Facebook

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes divulgou, nesta terça-feira (23), uma nota alegando que todas as reuniões que teve com o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e demais banqueiros ocorreram para tratar exclusivamente da Lei Magnitsky, aplicada pelo governo dos Estados Unidos (EUA) contra o magistrado.

"O Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnistiky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú. Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito", declara a nota divulgada pelo ministro do Supremo.

A manifestação do magistrado ocorreu um dia após o jornal O Globo publicar uma matéria no qual declara que Moraes teria defendido a aprovação da compra do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB), instituição financeira pública ligada ao governo do Distrito Federal, durante reuniões com Galípolo.

Antes do BC determinar a liquidação do Banco Master por suspeitas de fraude, o escritório de advocacia Barci de Moraes, vinculado à esposa do ministro, viviane Barci de Moraes, prestou serviços ao Banco Master.

Repercussão

No começo desta semana o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para para apurar uma possível relação entre Moraes e sua esposa com o Banco Master. Em entrevista à CNN, o parlamentar anunciou que pretende começar a juntar as assinaturas necessária para instalar a comissão com o retorno do recesso parlamentar, agendado para 2 de fevereiro.

O ministro do STF é alvo da oposição no Congresso Nacional a um tempo, que já tentou emplacar um pedido de impeachment contra o magistrado, que nunca foi pra frente.

Contudo, Vieira resssaltou que, enquanto um pedido de impeachment precisa de alva do presidnete do Senado, um pedido de CPI abrange a minoria no Congresso.

Com informações de Agência Brasil