O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encontrou-se nesta sexta-feira (15) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, em Anchorage, Alasca. A reunião teve como objetivo buscar propostas para um cessar-fogo imediato no conflito entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de três anos.
O presidente norte-americano afirmou que a reunião foi "produtiva" e que "concordamos em vários pontos, mas ainda não chegamos lá (ao consenso sobre o cessar-fogo)".
No entanto, ele acredita que os acordos feitos na reunião, que durou mais de quatro horas, possam auxiliar ambos os países a "chegar mais perto do nosso objetivo e pavimentar o caminho à paz na Ucrânia".
O presidente russo concordou que a a segurança ucraniana deve ser assegurada, e que ambos os países estão dispostos a trabalhar para que isso aconteça".
Putin afirmou que as principais causas da guerra devem ser eliminadas para que a guerra na Ucrânia termine.
“A situação na Ucrânia tem a ver com as ameaças fundamentais à nossa segurança”, disse ele durante a coletiva de imprensa.
Putin reivindica 20% do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia e três cidades. As motivações incluem interesses comerciais e fatores históricos, como parte da população da região se identificar como russa.
Putin pediu aos líderes ucranianos e europeus que não interferissem, e pediu para que tanto Kiev, na Ucrânia, quanto outras capitais europeias, percebam o encontro desta sexta como construtiva, e que não criem obstáculos para interromper o progresso emergente com especulações sobre os bastidores das negociações.
“Considerar todas as preocupações legítimas da Rússia e restabelecer um equilíbrio justo de segurança na Europa e no mundo como um todo. E concordo com o presidente Trump, como ele disse hoje, que, naturalmente, a segurança da Ucrânia também deve ser garantida”, continuou.
Próximo encontro
Ao término da conferência de imprensa, Trump afirmou que haverá um novo encontro em breve entre os dois líderes, ao que Putin sugeriu, em inglês, que a próxima reunião seja feita na capital russa, Moscou.
O presidente norte-americano reconheceu que concordar com essa proposta seria altamente controverso, mas não a descartou completamente.
"Essa é uma questão interessante e vou ser um pouco criticado por isso", disse Trump. "Mas eu consigo ver uma possibilidade de acontecer", disse, encerrando a reunião com a imprensa.