O governo dos Estados Unidos, por meio de sua embaixada em Brasília, voltou a ameaçar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e autoridades aliadas a ele, reforçando a pressão contra o processo no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é réu por tentativa de golpe de Estado.
Mais uma vez, o nome do ex-mandatário é citado em um ataque dos EUA ao Brasil.
"O ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump", diz o post publicado pela embaixada na rede social X, citando a as sanções financeiras aplicadas contra o ministro do STF.
"Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto", conclui.
Na postagem, escrita em português, a embaixada compartilha o post feito na quarta-feira (6) pelo subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, que escreveu o mesmo texto, mas em inglês.
O ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump. Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras… https://t.co/mKCsObZASP
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) August 7, 2025
Na última segunda-feira, Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro. Em reação, o governo dos EUA ameaçou responsabilizar todos aqueles que colaborarem ou facilitarem as condutas sancionadas pela Lei Magnitsky.
No dia seguinte, o vice-secretário do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, Christopher Landau, chamou o comportamento do ministro Alexandre de Moraes de "orwelliano", em referência à obra literária 1984, de George Orwell. A autoridade afirmou que as atitudes do ministro estão levando a Suprema Corte e o povo brasileiro a uma "ditadura judicial".