Por: Rudolfo Lago

Pesquisas apontam vitória do governo na batalha das redes

Vídeo mostra banquete de super-ricos | Foto: Reprodução / vídeo produzido com IA

Pela primeira vez, o governo e a esquerda aparecem vencendo a oposição e a direita na conquista de opiniões na batalha das redes sociais. Desde a derrota ocorrida na semana passada, quando o Congresso derrubou medida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e outros tributos para evitar cortes orçamentários maiores, houve uma decisão de partir com mais agressividade para cima do Parlamento, numa linha de dizer que o governo se preocupa com os mais pobres e que, se não avança mais nesse sentido, é porque o Congresso não deixa. Vídeos com essa mensagem foram produzidos pelo governo, pelo PT e por outros autores.

Os resultados dessa estratégia mais agressiva foram colhidos em pesquisas. Uma tornou-se pública. Foi feita pelo Instituto Quaest a pedido da jornalista Flávia Oliveira, do jornal O Globo. Segundo a pesquisa, o embate atingiu entre os dias 17 e 30 de julho 2,2 milhões de menções nas redes sociais, com um alcance de 10 milhões de contas por hora. Uma primeira onda aconteceu depois que o Congresso derrubou vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e um deles poderia provocar um aumento na conta de luz de até R$ 200 bilhões até 2050. A segunda onda, maior, veio depois da derrota no IOF, que aconteceu no mesmo dia em que o Congresso aprovou um aumento de 513 para 531 no número de deputados federais. “Diferentemente de outros episódios de disputa política nas redes, quando prevalecia a polarização, as últimas semanas foram marcadas por ampla vantagem no volume e no alcance de menções do lado de defensores do governo e por alto volume de críticas diretas contra o Congresso”, avalia o presidente do Quaest, Felipe Nunes.

Os dados da Quaest são corroborados por “trackings” (pesquisas diárias para consumo interno) feitos pelo governo nos últimos dias. Essas pesquisas mostrariam que a vitória nas redes já teria produzido um efeito positivo de recuperação na popularidade do presidente Lula e de seu governo.