O que aconteceu com a China pode estar bem perto de ser o destino do Brasil. Assim como o acordo entre norte-americanos e chineses, os chamados "metais raros" podem ser o fiel da balança para que não tenha a tal taxa de 50% em cima dos produtos brasileiros.
Mas afinal, o que esses metais são importantes e por que são tão cobiçados pelo presidente Donald Trump?
Eles são importantes para a indústria de tecnologia, principalmente de baterias e, por isso, a cobiça de Trump por esses materiais, para fortalecer ainda mais as indústrias norte-americanas e ter o monopólio da exploração em terras onde os países não fazem ou fazem com pouca frequência, caso do Brasil.
Não que essa venha a ser a principal moeda de troca para as tarifas serem diluídas, mas é um passo interessante a ser posto à mesa, na hora das negociações, pois foi com esse mesmo ímpeto que Trump chegou a um acordo com a China.
Dentre os metais raros podemos destacar o lítio, essencial para baterias recarregáveis de veículos elétricos e eletrônicos; o cobalto; crucial para baterias e superligas; o nióbio, usado em ligas de aço de alta resistência em tubulações aeroespaciais; o índio, usado em telas de LCD; e o gálio, presente sem LEDs e semicondutores.
Eles são considerados raros, pois a extração e separação desses metais de outros minerais e entre si é um processo complexo, energeticamente intensivo e muitas vezes prejudicial ao meio ambiente, exigindo tecnologias avançadas e custos elevados. Além disso, para muitas aplicações de alta tecnologia, esses metais precisam ser purificados a um nível muito alto, o que adiciona outra camada de complexidade e custo.
E onde podem ser utilizados no dia a dia? Smartphones, computadores, televisores (telas LED/LCD), turbinas eólicas (ímãs de neodímio), veículos elétricos e híbridos (baterias e motores), sistemas de radar, equipamentos de mira, lasers, conversores automotivos e refino de petróleo.
Por isso, a cobiça de Trump por esses elementos "raros" e a possiblidade do Brasil conseguir, através deles, uma diminuição nas tarifas de 50%.