Por:

Todo amor que houver nessa vida

Dia 12 de junho é o Dia dos Namorados no calendário brasileiro. Ao contrário da grande maioria dos países do globo, que comemoram a data em 14 de fevereiro, dia de São Valentim, padroeiro dos namorados. A data visava celebrar a data do padroeiro, que foi perseguido (e posteriormente morto) após realizar casamentos clandestinos de cristãos durante o período romano. No Brasil, a data é celebrada um pouco mais tarde, mas também dentro de princípios cristãos: a data é celebrada na véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. Mas mesmo com a diferença de quatro meses entre uma data e outra, não tem como negar que ambas as datas (apesar da justificativa cristã) visam ser uma data comercial.

Junho é mês dos namorados, mês do Orgulho da comunidade LGBTQIA+ e o mês do doador de sangue. Apesar de aparentarem temas completamente distintos, eles têm uma coisa em comum: amor. Seja no amor romântico de namorados, em ter a liberdade e o orgulho de toda forma de amor e, voltando para a lógica cristã, o amor ao próximo ao salvar vidas.

Tanto é a conexão do amor que, muito além do amor romântico, há diversas formas de amor. Aristóteles classificou diversos nomes para cada tipo de amor. O mais clássico dessa data, eros, é aquele amor carnal, muitas vezes atrelado a algo erótico, mas muito mais do que isso. É o clássico amor romântico, ligado a paixão. O fogo ardente do começo de uma relação.

Mas para além de um cônjuge para compartilhar a vida ao lado, existe o amor dos amigos, aqueles com quem se escolhe passar a vida. Philia é o amor entre amigos, aquele baseado em admiração recíproca, além de um bem-estar mútuo. E o primeiro amor das pessoas, na teoria, é daqueles que nos amam incondicionalmente: o storgê, o amor de um pai e uma mãe com seus filhos, amor parental incondicional. Os filósofos gregos ainda tinham um nome para o amor próprio: philautia. Aquele amor voltado para si mesmo, que instiga a procura pelo autoconhecimento, a autoconfiança e a autoestima. E finalmente, o amor incondicional amplo: agape. Aquele amor altruísta, de quem visa o bem estar do outro, sem verdadeiramente esperar nada em troca.

Mas para além do momento, que neste mês de junho possamos nos permitir sentir todas as formas de amor possíveis. Mas, como diria Cazuza, buscar a “a sorte de um amor tranquilo”.