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STJD passa vergonha com Bruno Henrique

Ao condenar o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, a pagar uma multa de R$ 100 mil por divulgar informações privilegiadas de que levaria um cartão amarelo na partida contra o Santos, em 2023, para o irmão, que utilizou as informações para fazer apostas esportivas, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o STJD, definiu para os outros atletas que o "preço" para privilegiar apostadores é de apenas 100 mil reais, valor que sequer chega a 10% do salário de muitos dos atletas da Série A do Campeonato Brasileiro.

O caso chamou atenção por trazer provas muito bem documentadas envolvendo o jogador e os familiares do atleta do Flamengo. O julgamento era a chance de aumentar a credibilidade do STJD, que não anda em alta, ao aplicar uma punição exemplar para evitar que casos absurdos como esse se repitam no futebol brasileiro.

Porém, o julgamento acabou minando qualquer resto de credibilidade possível. Bruno Henrique chegou ao julgamento com uma punição de 12 partidas afastado dos campos, o que era um número mínimo, junto a uma multa. A expectativa é que essa suspensão aumentasse para mais partidas. No entanto, o resultado foi extremamente benéfico para o jogador, que não terá mais um jogo sequer de suspensão e terá de pagar R$ 100 mil. Seu salário mensal é superior aos R$ 2 milhões.

A sensação que fica é que trataram um atleta de 34 anos como uma criança de 5, que não tem responsabilidade sobre os próprios atos. Uma vergonha! Agora, cria-se um precedente para atletas que queiram ceder informações a apostadores. Basta dar entrevistas engraçadinhas e pagar R$ 100 mil.