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O Rio de volta a receber o automobilismo

Em meio ao fim de semana do Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1, o Rio de Janeiro anuncia a retomada de um autódromo na cidade. Depois de ventilar na Floresta de Camboatá, em Deodoro, o projeto migrou para Guaratiba, numa grande área verde perto da Avenida das Américas. Além do autódromo, o projeto comportará um parque e será totalmente sustentável, com reúso de água, sistema solar e luzes de LED.

Voltado totalmente com investimento privado, ao custo de R$ 1,3 bilhão, ele tem previsão de ser concluído entre 2028 e 2029. A pista terá 4,7 km de extensão e contará com quatro retas, sendo duas principais paralelas, dez curvas e poderá oferecer até 11 opções de traçado, a depender da categoria. Para a Fórmula 1, por exemplo, estima-se uma velocidade média de 241 km/h e 65 voltas na casa de 1min09s5 cada.

A proximidade com bairros que oferecem uma grande capacidade de leitos de hotéis é mais um destaque. O Autódromo estará a cerca de 40 minutos da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, facilitando o deslocamento de turistas para o local.

Nada contra São Paulo continuar a receber as provas de Fórmula 1, pela tradição e pelo tempo que já as sedia. Mas o Rio de Janeiro, com esse projeto, corre como franco atirador a poder voltar a ter as corridas da principal categoria do automobilismo mundial. E como a pista já recebeu homologação de nível de excelência, podem também ter corridas da motovelocidade, da Fórmula Indy, Mundial de Endurance, Nascar, Stock Car e outras categorias nacionais e internacionais.

Depois de perder o tempo perdido para construir o Parque Olímpico, nada mais justo para os fãs da velocidade do Rio voltarem a sentir o ronco dos motores, o frio na barriga em ver as brigas na pista e voltar a ter o clamor das provas na cidade.

O projeto não apenas valorizará o esporte, como também o turismo e a economia como todo e, por isso, ele está sendo tratado como de suma importância para mostrar o valor da capital fluminense no eixo central do Brasil para o exterior.