O golpe do falso advogado tem se tornado uma armadilha cada vez mais sofisticada e perigosa, explorando momentos de fragilidade emocional das vítimas. Normalmente, os criminosos entram em contato com familiares de pessoas presas ou envolvidas em supostos acidentes, dizendo ser advogados contratados para resolver a situação rapidamente — mediante o pagamento de fianças ou taxas judiciais. O tom urgente e o uso de informações pessoais, muitas vezes obtidas nas redes sociais, aumentam a credibilidade da farsa e reduzem o senso crítico de quem recebe a ligação.
Esse tipo de golpe é particularmente cruel porque se apoia na empatia e no medo. Ninguém está imune a reagir instintivamente diante da notícia de que um ente querido está em perigo. Por isso, a prevenção passa por educação e conscientização. É essencial que as pessoas conversem com suas famílias sobre a existência desse tipo de crime e combinem protocolos de segurança — por exemplo, confirmar informações diretamente com o suposto familiar ou com as autoridades antes de tomar qualquer decisão financeira.
Além disso, é urgente que o poder público e as operadoras de telefonia aprimorem mecanismos de bloqueio e rastreamento de chamadas fraudulentas. A tecnologia que permite aplicar o golpe também pode ser usada para combatê-lo. Campanhas de informação em meios de comunicação e redes sociais são igualmente necessárias, especialmente para alcançar idosos, que costumam ser as principais vítimas.
Por fim, a sociedade deve compreender que o cuidado com golpes como o do falso advogado é uma forma de autoproteção coletiva. Denunciar, compartilhar informações e apoiar quem foi enganado ajuda a enfraquecer a atuação dos criminosos. A atenção e a desconfiança saudável tornaram-se, hoje, atos de responsabilidade cidadã.