"Cristo Redentor, braços abertos sobre a Guanabara". Os versos da música "Samba do Avião", de Antônio Carlos Jobim não foram escritos por acaso. Símbolo máximo do turismo no Rio de Janeiro, o monumento do Cristo Redentor, considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, é um dos pontos mais visitados por brasileiros e estrangeiros da capital fluminense. Quem não quer ver a cidade do alto, tirar fotos fantásticas e ainda receber uma bênção? Mas até ele ficar pronto, foi uma longa história.
Inaugurado em 12 de outubro de 1931, o monumento celebra 94 anos de simbolismo não apenas de uma arquitetura, como também da religiosidade brasileira. Com a cabeça e as mãos moldados em Paris e o corpo feito em pedra-sabão, demorou-se anos até ele ser totalmente construído. E tudo com dinheiro vindo dos brasileiros.
Na verdade, a ideia da estátua vem de muito antes. Em 1859, um padre francês, chamado Pierre-Marie Boss, da Igreja do Colégio Imaculada Conceição, teve o sonho de construir um monumento religioso no alto do Monte Corcovado. Ele idealizou esse pensamento no livro livro "Imitação de Cristo", publicado em 1903.
Como forma de celebrar o centenário da independência do Brasil, abriu-se um concurso de projetos do monumento. Além disso, defendeu-se a ideia de que o Cristo fosse financiado apenas com dinheiro dos brasileiros, fazendo com que a Arquidiocese abrisse uma campanha de doações para a sua construção.
Com o dinheiro arrecadado, começou-se a implementação da estátua no alto do Corcovado. Em formato de cruz, ele tem 38 metros de altura, algo semelhante a de um prédio de 13 andares. Desse total, 8 metros respondem pela base e o restante pelo corpo. Cada braço tem área de 88 metros quadrados e o pé mede 1,35 metro. Somente a cabeça pesa 30 toneladas.
No seu interior, um coração de 1,30 metros, 12 platôs ligados por escadarias formando andares que se abrem nos braços e na cabeça. O monumento está preparado para resistir a ventos de até 250 km/h.
De braços abertos para a Guanabara, o Cristo não abençoa apenas o Rio de Janeiro, mas o Brasil inteiro.