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Alerta para as doenças respiratórias

Enquanto o Ministério da Saúde vem priorizando os idosos e pessoas de baixa imunização para a vacinação das variantes da covid-19, as crianças estão sofrendo e, com isso, os casos de Sindrome Resperatória Agura Grave (SRAG) pela doença vem aumentando. Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), há crescimento de casos em quatro estados: Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba, mas sem grandes impactos nas hospitalizações. Além disso, nos estados de Distrito Federal, Mato Grosso e Goiás, segundo a própria Fiocruz, cresceu em crianças e jovens entre 2 e 14 anos.

No ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 163.956 casos de SRAG, sendo 87.741 (53,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 56.822 (34,7%) negativos e ao menos 8.757 (5,3%) aguardando resultado laboratorial.

Por mais que a covid-19 seja prioritária para idosos e imuno-oprimidos, outras parcelas da população também estão sofrendo com a doença e precisam também da vacina para aumentar a imunização. E os dados da Fiocruz mostram isso.

Não adianta priorizar uma faixa etária em prol de outras, pois assim não se cria a bolha contra a doença. Parece até que já esqueceram de como foi na pandemia, com a vacinação em massa, com todas as faixas etárias, fazendo com que a doença não se alastrasse tanto pelo país.

A melhor formça de se combater doenças é justamente aumentando o quadro de pessoas imunizadas contra elas e, com esse aumento de SRAG, especialmente em crianças, mostra também que os pais não estão levando a sério o calendário de vacinação e muitas delas estão com ele defasado.

Culpar o governo pode ser uma solução, mas se o dever de casa não está sendo feito, não adianta trocar gato por lebre. Precisa as duas pontas se atestarem e fazerem o dever corretamente.

Um país mais justo e correto com o calendário de vacinação faz com que doenças diminuem e criem outros mecanismos para que combata os vírus de forma eficaz e consciente, e não apenas priorizando uma parcela da população em detrimento de outras.