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O Estado Palestino e a paz em Gaza

A busca por uma solução duradoura para o conflito entre Israel e Palestina é um desafio histórico, intensificado pelos eventos recentes na Faixa de Gaza. O atual cenário, marcado pela guerra deflagrada em 2023, reacendeu o debate sobre a viabilidade da criação de um Estado Palestino soberano e independente como o caminho para a paz.

Recentemente, Austrália anunciou que reconheceria o Estado da Palestina como soberano, somando-se a mais de 140 países filiados à ONU, favoráveis à proposta. Não por menos, essa pode ser uma saída para o conflito e, por sinal, a que mais se espera, pois, desde 1949, esse era o desejo de muitos países, com a formação de um estado judeu e outro árabe, com a divisão de Jerusalém entre eles.

No entanto, o ataque de 7 de outubro de 2023 pelo Hamas e a subsequente retaliação militar de Israel resultaram em uma crise humanitária devastadora na Faixa de Gaza, com um número alarmante de mortes de civis, deslocamento em massa e a destruição da infraestrutura. A escala da destruição e o sofrimento humano tornaram evidente que a simples gestão do conflito não é mais sustentável.

O fim da guerra em Gaza é o primeiro e mais urgente passo. Mas para que a paz seja duradoura, a conversa precisa ir além de um cessar-fogo. É fundamental a criação de um plano viável para a reconstrução da Faixa de Gaza, acompanhado de um compromisso renovado e sincero para a criação de um Estado Palestino. Esse plano deve abordar questões-chave, como segurança, economia, e governança.

Com isso, a criação de um Estado Palestino exigirá concessões dolorosas de ambas as partes e um apoio internacional robusto. A comunidade global terá que desempenhar um papel ativo, não apenas como mediadora, mas também como garantidora de um futuro pacífico. O fim da guerra em Gaza não é o ponto final, mas sim o ponto de partida para a reconstrução de uma região dilacerada pelo conflito.

A paz, no fim das contas, não pode ser alcançada com armas, mas com o diálogo e a criação de um futuro no qual israelenses e palestinos possam viver com dignidade e segurança.