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A tecnologia é o atalho para o futuro

É hora de o Brasil olhar para o futuro com a seriedade que ele exige. O investimento em infraestrutura, especialmente aquela que alia tecnologia de ponta à previsão de desastres e ao suporte ao setor produtivo, não pode mais ser adiado. A modernização do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), iniciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é um exemplo claro de como a infraestrutura inteligente pode transformar a capacidade do Estado em proteger a população e impulsionar a economia.

No Rio Grande do Sul, 98 estações meteorológicas estão sendo instaladas ou modernizadas. Equipamentos antes analógicos, limitados a transmissões horárias, estão sendo substituídos por sistemas automáticos que atualizam dados a cada 15 minutos em situações críticas. Essa atualização tecnológica não é um luxo. É uma necessidade. Em tempos de mudanças climáticas aceleradas, a precisão e a velocidade da informação podem significar a diferença entre perdas milionárias e um manejo preventivo eficaz.

Mas o que está acontecendo no Inmet precisa se expandir como política de Estado. O Brasil ainda carrega o peso de uma infraestrutura obsoleta, incompatível com as demandas de um país que depende do agronegócio, do transporte eficiente, da energia limpa e da conectividade para garantir crescimento sustentável. Insistir em modelos defasados ou paliativos é condenar o futuro à estagnação.

Países desenvolvidos já entenderam isso. Nações líderes em inovação e segurança alimentar, como Estados Unidos, Alemanha e Japão, tratam o investimento em dados, sensores, redes de transmissão e inteligência artificial como prioridade estratégica.