A exposição Sensibilità, que circula pelo Distrito Federal - em Taguatinga e Plano Piloto - entre julho e outubro, representa mais do que uma mostra de artes visuais: é um exemplo concreto de como cultura, acessibilidade e inclusão podem caminhar juntas. Idealizada por Cláudia Bertolin, artista e educadora com longa trajetória em Brasília, a iniciativa propõe uma experiência sensorial completa, que convida o público a perceber a arte por meio do tato, do olfato, da audição e até do paladar.
O projeto vai além da contemplação. Ao incluir pessoas com deficiência visual no processo de criação e curadoria, as oficinas transformam participantes em protagonistas. Essa proposta coloca em prática o que tantos defendem: a democratização do acesso à cultura e o reconhecimento da arte como ferramenta de transformação social.
Com recursos de acessibilidade e apoio institucional, Sensibilità reafirma a importância de políticas públicas que incentivem projetos culturais inclusivos. Em tempos de debates urgentes sobre diversidade e pertencimento, a mostra reforça que acessibilidade não é concessão, mas condição básica para uma sociedade mais justa. A arte, sensível por essência, precisa também ser acessível por convicção. E iniciativas como esta mostram que é possível, e necessário, fazer diferente.