Por: José Aparecido Miguel (*)

Inteligência Artificial pode eliminar até 92 milhões de empregos

1.TARIFAÇO DE TRUMP DEVE CORTAR EMPREGOS NO BRASIL, subir os preços e dificultar o crédito. Por Wanderley Preite Sobrinho. Os grandes exportadores brasileiros não serão os únicos a perder dinheiro com o tarifaço de 50% que os Estados Unidos impuseram ao Brasil esta semana, e que começa a valer no dia 1º de agosto. Se o governo Lula (PT) não entrar em acordo para cancelar a sobretaxa e ainda tarifar a importação de produtos americanos, o desemprego vai aumentar, e os consumidores terão de lidar com o aumento de preços no supermercado e com a dificuldade em parcelar suas compras. Preços vão subir. Comida vai ficar mais barata por pouco tempo, diz o economista Jorge Ferreira dos Santos Filho, professor de Administração da ESPM. Inflação geral vai subir se o Brasil também taxar produtos americanos. Inflação já estourou a meta. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, índice oficial da inflação no Brasil), acumulou alta de 5,35% nos 12 meses até junho, ficando acima da meta de 3% e também do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (mínimo) a 4,5% (máximo). O desemprego deve ser maior nos setores que exportam mais para os Estados Unidos. A indústria calçadista não descarta o corte de empregos. Juros mais altos podem encarecer o crediário. O t arifaço de Trump deve desacelerar a economia brasileira. A boa notícia é que a dependência dos EUA hoje é menor. A má notícia é que agora o Brasil depende mais da China. Os chineses compraram 31% de tudo o que o Brasil vendeu para o exterior no ano passado. (...) (UOL)

2.ELIMINAÇÃO DE EMPREGOS. IA - Inteligência Artificial - pode eliminar até 92 milhões de empregos, mas essas profissões devem sobreviver. Microsoft, Shopify, mais recentemente Amazon, não fazem segredo: IA possibilitará cortes profundos em seus quadros. Políticos e até o papa advertem para riscos à sociedade, enquanto economistas estão mais otimistas. Por Deutsche Welle. O diretor executivo da Amazon, Andy Jassy, anunciou que a companhia reduzirá sua força de trabalho, à medida que a inteligência artificial (IA) vai substituindo os funcionários humanos, acrescentando que a tecnologia afetará um grande número de empregos e setores. Diversas outras firmas têm expedido advertências semelhantes. Em maio, o presidente da startup de IA Anthropic comentou ao website de notícias Axios que, dentro de um a cinco anos, essa tecnologia talvez elimine a metade de todas as vagas para iniciantes em setores não manuais. Desde 2022, as empresas públicas dos Estados Unidos reduziram seu pessoal de escritório em 3,5%, e um quinto das companhias cotadas no S&P 500 encolheram, informou Wall Street Journal, citando o serviço Live Data Technologies. Nos últimos anos, grandes firmas como Microsoft, Hewlett Packard e Procter & Gamble têm anunciado milhares de demissões. A firma do aplicativo de aprendizagem de idiomas Duolingo planeja substituir gradualmente seus empregados externos por inteligência artificial. Faca de dois gumes. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que um quarto dos postos de trabalho em todo o mundo enfrentam grave risco de se tornar obsoleto devido à IA. Contudo também há expectativas de que ela vá criar novas oportunidades e aumentar a produtividade. Nos avanços tecnológicos passados, os mais prejudicados foram os empregados menos qualificados e trabalhadores manuais, como os operários de fábricas substituídos por robôs. Porém agora a expectativa é de que a adoção ampla da IA vá atingir os empregados de nível educacional mais alto, nas tarefas de escritório, sobretudo onde o desempenho dos algoritmos seja comparável ou melhor do que o humano. Um estudo do think tank Pew Research Center revelou que: Entre as mais ameaçadas, estão as ocupações envolvendo coleta de informações e análise de dados, como programação de websites, textos técnicos, contabilidade e inserção de dados (data entry). Entre os mais resistentes, em contrapartida, estariam os empregos envolvendo trabalho manual intenso, mais difíceis de automatizar, como operário de construção, cuidador infantil ou bombeiro. Um estudo publicado em janeiro de 2025 defende que a automação de tarefas no trabalho "não reduz necessariamente a ocupação", podendo até resultar em "ganhos de postos em alguns setores" da economia. "Em princípio, poder automatizar uma tarefa antes laboriosa pode tornar os trabalhadores tão mais produtivos, que o output adicional compensa o fato de que parte de seu trabalho agora é feito por uma máquina", afirmam os economistas David Deming, Christopher Ong e Lawrence H. Summers, da Universidade de Harvard. Reconhecendo que o impacto da IA provavelmente será "abrangente e duradouro", eles ressalvam que "a história nos ensina que, mesmo que a IA desestabilize o mercado de trabalho, seu impacto se desdobrará ao longo de muitas décadas". Home office em extinção? Cooperar com o progresso - ou tornar-se obsoleto. É difícil determinar qual o real impacto de longo prazo das tecnologias de inteligência artificial sobre os mercados de trabalho globais, uma vez que ela ainda está em seus estágios iniciais. A eficácia de diversas ferramentas de IA também dependerá de uma boa integração nos locais de trabalho, assim como da disposição e capacidade dos funcionários de empregá-las. Se eles se recusarem a utilizá-las integralmente, temendo por seus postos, isso poderá comprometer o aumento de produtividade que a nova tecnologia promete. Especialista alemão em mercado de trabalho, a IA é um "game changer": "Ela apresenta oportunidades, mas elas precisam ser agarradas!". Link: - https://g1.globo.com/trabalho-e-carreira/noticia/2025/07/13/ia-pode-eliminar-ate-92-milhoes-de-empregos-mas-essas-profissoes-devem-sobreviver.ghtml - (...) (G1)

(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP,
trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias.
E-mail: [email protected]