Por: Pedro Sobreiro

O Superman que o mundo precisava

O poderoso herói ressurge nas telas com uma aura humanizada | Foto: Divulgação

A grande estreia da semana é o novo filme do 'Superman'. Dando pontapé inicial no novo Universo DC, o filme do herói representa muito mais que um recomeço para o personagem nas telonas. Na verdade, ele é o primeiro símbolo real de esperança de toda uma geração.

Na última década, a DC sofreu com um apego extremamente incômodo ao 'sombrio e realista' que Christopher Nolan implementou com maestria na trilogia 'Cavaleiro das Trevas'. No entanto, os executivos entenderam que essa visão deveria se aplicar a todo o Universo DC nos cinemas, e isso simplesmente não funciona com todo mundo.

E o personagem que mais sofreu com essa visão foi justamente o Superman. Símbolo máximo de esperança e otimismo, o Azulão trouxe sorrisos para os rostos de crianças e adultos por décadas. Tanto que a marca registrada do herói imortalizado por Christopher Reeve era o sorriso brilhante, que confortava as pessoas enquanto as salvava dos perigos.

Sob a visão de Zack Snyder, o Superman de Henry Cavill se tornou um personagem trágico, um herói relutante que desistia de salvar as pessoas e assassinava seus inimigos a sangue frio. E essa construção deturpada de personagem virou sinônimo do que o Superman é para toda uma geração. Crianças cresceram com um Super-Homem homicida e triste.

No filme de James Gunn, visionário diretor da franquia 'Guardiões da Galáxia', o ator David Corenswet dá vida ao mais otimista e bondoso Superman dos cinemas desde Reeve. Ele não desiste porque sabe que o bem está dentro de todos. É exatamente o tipo de herói que o sarcástico mundo atual precisava com urgência.