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Venda de ingressos da CBF é péssima

Desde a infame derrota para a Alemanha por 7 a 1, no Mineirão, na semifinal da Copa do Mundo FIFA 2014, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vem batendo cabeça para tentar descobrir o motivo do suposto desinteresse do povo brasileiro pela Seleção e como fazer para reconquistar o apoio popular.

São 11 anos pensando em ideias mirabolantes, desde a convocação de jogadores que atuam em times brasileiros - mesmo que o nível técnico do campeonato nacional seja infinitamente menor que o de outros países - até a criação do divertido mascote, o Canarinho Pistola.

Mas a verdade é que existe uma forma muito mais simples de reaproximar o povo, que é realizar mais jogos no país. Uma atitude que felizmente vem se tornando comum desde a gestão Ednaldo Rodrigues, um dos poucos acertos dela, é verdade. Porém, ainda faltam coisas básicas para que isso funcione completamente. A começar pelos ingressos.

Na próxima semana, o Brasil enfrentará o Paraguai em São Paulo. A venda de ingressos já poderia ter sido aberta há semanas, mas optaram por abrir as vendas no fim de tarde da terça (3), sem avisar previamente os torcedores. Quem conseguiu garantir seu bilhete teve de praticamente praticar um exercício de adivinhação mediúnica.

Como a CBF espera atrair o povo se praticamente ninguém sabe quando vão vender os ingressos? Sem falar no preço. O ticket mais barato custava cerca de R$ 100 - a meia entrada.

Em um país com o salário mínimo de R$ 1.518, é surreal que o ingresso inteiro mais barato custe R$ 200. Quem os engravatados da CBF querem aproximar com este preço?