Sexto pior país do planeta para fazer negócios. O 'status' nada invejável é ocupado pelo Brasil, conforme conta da edição 2025 do Índice Global de Complexidade de Negócios (GBCI), divulgado nessa quarta-feira (28). A má notícia é que a posição do país nesse ranking 'negativo' se deteriorou, pois, no ano passado, o país ocupava a sétima colocação. Como 'consolo', basta saber que Pindorama já liderou essa lista em 2022.
Pelo menos, por enquanto, a burocracia tupiniquim está sendo superada por nações, como os europeus Grécia e França e o também latino-americano México. Em contraponto, encabeçam a a fila dos 'mais amigáveis' para investimentos, por ordem, a República Checa, Curaçao e Ilhas Virgens Britânicas - as duas últimas, paraísos fiscais.
Ao comentar o recorrente 'destaque' verde-amarelo no mencionado ranking, o Country Head da TMF Group no Brasil, Mauricio Catâneo, explica que "apesar dos avanços, a sobreposição dos sistemas tributários federal, estadual e municipal continua sendo onerosa, especialmente quando integrada às normas contábeis internacionais, e o debate em curso sobre a reforma tributária adiciona ainda mais incertezas", acrescentando que a "a reforma vai gerar uma complexidade muito grande na transição, que durará alguns anos".
Pelo lado positivo, Catâneo admite que houve melhora brasileira, no que toca à infraestrutura, rodovia e circulação de mercadorias, sem contar o avanço do uso da tecnologia em transações, em que o maior destaque é sistema de pagamentos simultâneos, o popular Pix. "A melhora do Brasil se deve principalmente a avanços tecnológicos e à integração maior dos governos", emenda o executivo.
Elaborado pela consultoria TMF Group, o índice analisa 79 países e jurisdições - que respondem por 94% do PIB global - por meio do uso de 292 indicadores, sobretudo, a conformidade fiscal ante os padrões internacionais, quesito sobre o qual o Brasil apresenta problemas.
A sorte brasileira, continua o Country Head, é que a melhor situação do país se dá mais por conta da maior complexidade apresentada por outros países. Exemplo disso é o da França, dona de uma lei trabalhista muito rígida.