Por: Barros Miranda*

Diabetes e a qualidade de vida

O diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, mas nem todos sabem que existem diferentes tipos dessa condição. Os dois mais comuns são o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2, e compreender as diferenças entre eles é fundamental para o diagnóstico precoce, o tratamento correto e a prevenção de complicações.

O tipo 1 geralmente aparece na infância ou adolescência, embora possa surgir em adultos jovens. Ele ocorre quando o sistema imunológico ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, o hormônio que regula o açúcar no sangue. Como resultado, o corpo deixa de produzir insulina, o que exige o uso diário desse hormônio por meio de injeções ou bombas de infusão.

O diabetes tipo 1 não está ligado ao estilo de vida, e sim a fatores genéticos e autoimunes. Os sintomas costumam surgir de forma rápida e incluem sede excessiva, perda de peso, fadiga e vontade frequente de urinar. O tratamento é baseado na aplicação de insulina, alimentação balanceada e monitoramento constante da glicemia.

O diabetes tipo 2 é o mais frequente, representando cerca de 90% dos casos. Ele costuma surgir na vida adulta, mas tem se tornado cada vez mais comum em jovens e adolescentes, principalmente por causa da má alimentação, sedentarismo e obesidade. Nesse tipo, o corpo ainda produz insulina, mas as células desenvolvem resistência a ela, o que dificulta o controle da glicose no sangue.

O tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, como prática regular de exercícios físicos e dieta saudável, além do uso de medicamentos orais e, em alguns casos, insulina.

Apesar de terem o mesmo nome, o diabetes tipo 1 e tipo 2 são doenças diferentes em origem, tratamento e prevenção. Enquanto o tipo 1 exige uso de insulina desde o início e não pode ser evitado, o tipo 2 pode ser prevenido com hábitos saudáveis. A informação é uma poderosa aliada para lidar com o diabetes e promover qualidade de vida.

*Jornalista e historiador