Sem muitos alardes, a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF) decidiu regulamentar a atividade fotográfica no Parque da Cidade Sarah Kubitschek. A ação representa um gesto de equilíbrio e bom senso diante de uma realidade cada vez mais presente em espaços públicos: a convivência entre a livre expressão artística e o direito à privacidade. Ao atender reclamações de frequentadores sobre registros de imagem feitos sem consentimento, o Governo do Distrito Federal ganha pontos ao buscar soluções que respeitem tanto os profissionais quanto os usuários do parque.
A fotografia é uma forma legítima de expressão e essencial para preservar a memória coletiva. Captar a rotina, a beleza natural e a diversidade do Parque da Cidade - seja para fins profissionais ou por lazer - é uma contribuição valiosa. Mas essa prática não pode se sobrepor ao direito de qualquer cidadão de não ter sua imagem divulgada sem autorização. A instalação de sinalizações educativas no local, indicando gestos de consentimento ou recusa para fotos, é uma medida inteligente: informa sem coibir, educa sem restringir.
Em postagem nas redes sociais, o administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno, com a Secretaria de Esporte e Lazer, explicou a necessidade da iniciativa. Fotógrafos profissionais que comentaram a publicação demonstraram satisfação com a novidade. O uso dos gestos de aceitação ou recusa foram definidos como linguagem visual para orientar a interação entre profissionais e frequentadores. A arte agradece. O cidadão também. E Brasília ganha um exemplo de como políticas públicas bem pensadas fortalecem o respeito mútuo e a cultura democrática.
