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Montante dos fundos de financiamento sobe 19%

No momento em que as atenções do planeta se voltam para as estripulias do ególatra republicano topetudo que lança a sorte do mundo como uma carta na mesa de pôquer, a melhor coisa a fazer é valorizar a capacidade interna do país de seguir em trajetória consistente de crescimento.

É isso que se pode depreender da previsão de uma alta anual de 19% nos recursos programados para os fundos constitucionais de financiamento (FNE, FCO e FNO) para a indústria neste ano, o que disponibilizará R$ 7,7 bilhões (incluindo a agroindústria), superando os R$ 6,5 bilhões de 2024.

Tais dados resultam de consulta feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto aos bancos administradores dos fundos em seus respectivos Relatórios de Programação Financeira para os anos de 2024 e 2025. Neste aspecto, as indústrias nordestinas auferiram maior benefício com a elevação dos recursos.

No que toca ao desempenho, o crescimento programado para 2025 é substancial, levando em conta a queda real de quase 5% no volume de crédito programado pelos fundos em 2024, ante o ano anterior.

O fato de a parcela da indústria, no total de recursos, ter aumentado de 9,8% para 10,4%, de 2024 para 2025, é destacado pela CNI, que o considera 'relevante e positivo', além de este superar 2022 (9,1%) e 2023 (9,9%).

Ao realçar o fato de que o principal diferencial dos FCF é ofertar, a um custo mais baixo, o crédito para empresas de regiões menos desenvolvidas que o praticado pelo mercado, voltados a projetos de investimento, gerente de Política Econômica da CNI, Fábio Guerra considera "ter acesso a financiamento mais barato um passo fundamental para a redução da desigualdade regional, pois com esses recursos as empresas conseguem investir, produzir e empregar, gerando renda para a população das regiões mais carentes. Além disso, o crédito mais barato ajuda a compensar alguns déficits estruturais das regiões menos desenvolvidas, como, por exemplo, a ausência de infraestrutura logística adequada, o maior custo da energia e a menor qualificação da mão de obra", complementou Guerra.