A implementação da Norma Regulamentadora nº 1 (NR1), que estabelece diretrizes sobre gestão de riscos ocupacionais e saúde mental no trabalho, deveria ser encarada pelas empresas não como um entrave burocrático, mas como um investimento estratégico. O bem-estar dos colaboradores, além de uma questão legal, é um fator decisivo para a produtividade, retenção de talentos e posicionamento no mercado.
Nos últimos anos, cresceu de forma alarmante o número de afastamentos de trabalhadores por transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão e síndrome de burnout. Isso é reflexo de ambientes corporativos que negligenciam condições adequadas de trabalho e sobrecarregam seus profissionais. Implementar as diretrizes da NR1, promovendo a prevenção e o acompanhamento da saúde mental, é essencial para reverter esse quadro e evitar custos elevados com afastamentos e queda de produtividade.
A ideia de compliance deve ir além da mera adequação às normas. Empresas que realmente valorizam o bem-estar dos seus times ganham uma vantagem competitiva expressiva. Um ambiente de trabalho saudável gera colaboradores mais engajados, criativos e eficientes. Não há mais espaço para comportamentos arcaicos das lideranças de uma empresa. Além disso, um local reconhecido por cuidar dos seus profissionais se torna atrativo para novos talentos e reduz a rotatividade.
A discussão sobre saúde mental no trabalho deveria estar em outro patamar. As empresas que encaram essa pauta como um custo precisam reavaliar suas estratégias. Adoecer os colaboradores não apenas compromete a produtividade, mas desgasta a reputação da empresa.