O mundo digital tornou-se uma extensão natural da vida cotidiana, e as crianças e adolescentes são inseridos nesse universo cada vez mais cedo. No entanto, enquanto a tecnologia avança, a conscientização sobre a segurança online nem sempre acompanha esse ritmo.
Iniciativas como o jogo de tabuleiro "Segurança Online", desenvolvido pelo Cert.br do NIC.br, são um passo positivo para educar de forma lúdica sobre os riscos e cuidados necessários na navegação pela internet. Mas essa responsabilidade não pode recair apenas sobre entidades especializadas: autoridades, escolas, famílias e a sociedade como um todo precisam se envolver ativamente nessa formação.
A internet, com suas inúmeras possibilidades, também apresenta armadilhas: golpes financeiros, cyberbullying, desinformação e exposição excessiva de dados são apenas alguns dos desafios enfrentados diariamente.
Se os adultos, muitas vezes, encontram dificuldades para se proteger nesse ambiente, o que dizer das crianças e adolescentes, que ainda estão em fase de desenvolvimento cognitivo e emocional?
A educação para a segurança digital deve ser tratada com a mesma seriedade da educação financeira e da segurança no trânsito. Cabe às autoridades criarem políticas públicas que incentivem a capacitação de professores e pais, bem como a inclusão de disciplinas sobre cidadania digital no currículo escolar.
As escolas, por sua vez, precisam ir além das regras de uso de dispositivos eletrônicos e abordar temas como privacidade, compartilhamento consciente de informações e proteção contra assédio virtual.