Por: Max Lemos*

Queremos o Lula de volta

Os primeiros mandatos de Lula marcaram a transformação na vida dos brasileiros, especialmente entre os mais pobres. Com uma taxa de juros menor, as camadas mais humildes puderam realizar sonhos antes distantes, como comprar um carro, viajar, financiar a casa própria ou abrir um negócio. Com a economia aquecida, o presidente implementou programas como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Prouni e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que impulsionaram obras de infraestrutura e expandiram unidades de saúde e educação por todo o país.

No Congresso Nacional, Lula sempre esteve pessoalmente envolvido com a classe política, tratando-a como um pilar essencial para o crescimento do Brasil. Isso foi crucial para viabilizar os programas que reduziram as desigualdades sociais em estados e municípios. Essa articulação resultou na união de parlamentares de diferentes correntes ideológicas, que formaram uma trincheira de luta em defesa do presidente. Não por acaso, os frutos foram sentidos nas ruas: Luiz Inácio conquistou aprovação popular recorde, aclamado de Norte ao Sul do país.

Mas você deve estar se perguntando: se Lula é o atual presidente, por que queremos ele de volta?

Reconhecemos os esforços feitos que têm sido feitos, mas é essencial que Lula reassuma uma postura mais presente. É preciso eliminar intermediários, derrubar as barreiras que dificultam o acesso direto a ele. A ampla maioria dos parlamentares anseia pela valorização e pela proximidade que marcaram os primeiros mandatos do presidente. Caso a sua agenda precise mais espaçada por eventuais razões de saúde, haverá respeito por esse tempo.

Também é importante destacar os aspectos positivos. Iniciativas do governo indicam que aquele Lula ainda está presente, como o retorno do programa Minha Casa, Minha Vida, a criação do Pé-de-Meia e a ampliação da rede de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, além de investimentos na infraestrutura. Destaco a atuação dos ministros Renan Filho, Jader Barbalho Filho, Silvio Costa Filho e Celso Sabino. É fundamental, ainda, reconhecer a sensibilidade da ministra Margareth Menezes, na cultura, e do ministro Carlos Lupi, na Previdência Social, que atua incansavelmente para reduzir as filas de atendimento.

Mas tudo isso ainda é pouco se comparado ao que Lula já realizou no passado. O país está longe das expectativas geradas com seu retorno, enquanto a população segue cada vez mais sufocada por taxas de juros. É urgente reduzir os preços para devolver ao povo o poder de compra. Mais do que nunca, é fundamental ouvir e se reconectar com os anseios populares, que clamam por mudanças.

Ao iniciar o segundo biênio, fica o apelo: a classe política e o povo querem de volta o presidente Lula de antes — o líder mundial que conhecemos, aquele que governou com determinação e transformou a vida dos brasileiros. Sabemos que esse líder ainda existe, e queremos vê-lo por mais perto à frente desse projeto de nação.

*Deputado federal pelo PDT-RJ