Muitas pessoas já falaram que a história da voltas e que assuntos aparecem com frequência, em determinados períodos. Na década de 1960, especulou-se a ideia do semipresidencialismo ou mesmo de um parlamentarimso, para impedir o então vice-presidente João Goulart de assumir a presidência do Brasil. Passados mais de 60 anos, eis que o sistema está de volta ao noticiário político.
O modelo que alguns parlamentares especulam é o mesmo utilizado por franceses e portugueses, onde o presidente escolhe um primeiro-ministro, que controla a política interna do país, enquanto o chefe do Executivo fica mais encarregado para a política externa. E por que isso está à tona? Pelo fato da dificuldade do governo em conseguir apoio no Congresso.
Presidentes de partidos do chamado Centrão já criticaram algumas medidas do Planalto e a falta de representatividade na Esplanada. Por mais que as legendas tenham algumas pastas, a maioria ainda está concentrada na base eleitoral do governo, que representa uma minoria no Congresso. Ou seja, em quase todo grande projeto, negociações acontecem para que ele venha a ser aprovado. Com isso, a ideia do semipresidencialismo voltou à mesa de discussão, para que um parlamentar comande exatamente as pautas internas e deixe o governo ficar com a representatividade externa.
Ainda não se sabe ao certo se ela vai para frente ou não, mas o primeiro passo foi dado, com a PEC conseguindo o número mínimo necessário para ter uma comissão de análise e verificar se ela pode ou não virar uma lei constitucional.
