Nos causa espanto observar que em pleno século XXI, mediante tantos avanços tecnológicos, administradores públicos ainda são incapazes de se previnirem em casos de emrgências, como nas chuvas, por exemplo. Anualmente constatamos que as pequenas, médias e grandes cidades não estão preparadas no que se refere às emergências climáticas. Diversas autoridades públicas têm a mania de querer colocar a maçaneta depois da porta arrombada. É um ciclo repetitivo e, consequentemente cansativo.
O Brasil tem um histórico de gestão reativa, em que autoridades e líderes empresariais esperam as crises se agravarem antes de tomar medidas. Esse comportamento recorrente afeta diversas áreas, como economia, meio ambiente, saúde e infraestrutura.
Na economia, por exemplo, sinais de recessão costumam ser ignorados até que o impacto seja severo, forçando soluções emergenciais que poderiam ter sido evitadas com planejamento adequado. No meio ambiente, desastres como enchentes e queimadas se repetem anualmente sem que medidas preventivas eficazes sejam implementadas.
A pandemia de COVID-19 revelou essa falha de forma evidente. Mesmo com alertas de organismos internacionais, o Brasil demorou a agir, resultando em um impacto econômico e sanitário maior do que o necessário. Situação semelhante ocorre com a infraestrutura, onde problemas como apagões e colapsos de barragens poderiam ser prevenidos com fiscalização e manutenção adequadas.
A falta de planejamento estratégico e visão de longo prazo por parte dos gestores brasileiros cria um ciclo de crises que desgasta a economia e prejudica a população. Para quebrar esse padrão, é essencial investir em políticas preventivas, análise de riscos e capacidade de resposta ágil. Somente assim o Brasil poderá se tornar um país menos vulnerável e mais eficiente na gestão de desafios.
É necessário interesse, perspicácia e capacidade de organização para encarar de frente os desafios mais latentes de nossa sociedade brasileira. Sem desculpas ou artifícios rasos, sem a desejada e necessária profundidade para se atingir a resolutividade dos problemas que nos afligem.