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Produto promissor, embalagem ruim

A iminente volta de Neymar ao futebol nacional adiciona mais um astro ao elenco de talentos que brilham em solo brasileiro. Se juntam a ele jogadores com passagens marcantes pela Seleção e pelo futebol europeu, como Philippe Coutinho, Oscar, Lucas Moura, Thiago Silva, David Luiz, Memphis Depay, Danilo, entre tantos outros. Ao mesmo tempo, outros grandes nomes permanecem no Brasil, como Arrascaeta, Dudu e Savarino, mantendo os campeonatos recheados de qualidade. Com tantas estrelas, a temporada de 2025 promete.

Porém, para que esse cenário se traduza em um verdadeiro renascimento do futebol jogado em território brasileiro, é preciso ir além da presença de grandes jogadores. O produto "futebol brasileiro" precisa ser tratado com mais seriedade e profissionalismo.

Um dos principais desafios é a infraestrutura. Os gramados precisam de melhor qualidade para permitir um futebol mais rápido e técnico, compatível com o nível dos atletas que desfilam talento nos estádios do país. Falhas na drenagem, buracos e grama irregular são problemas recorrentes que não condizem com a história e grandeza do futebol nacional.

Além disso, o respeito ao torcedor deve ser prioridade. O futebol brasileiro precisa oferecer experiências mais seguras e confortáveis para quem vai aos estádios. Preços abusivos de ingressos e falta de estrutura em muitos estádios afastam o público e reduzem o impacto positivo da presença massiva de grandes jogadores.

Há um produto maravilhoso dentro de uma embalagem repleta de defeitos. A evolução do futebol brasileiro também passa por gestões mais modernas e competentes.