O número de empresas de grande porte, com 100 ou mais pessoas ocupadas, saltou de 2,5 mil em 2022 para 2,6 mil em 2023 no estado do Paraná, segundo o levantamento denominado Cadastro Central de Empresas, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse crescimento, da ordem de 4,6%, é o maior do que a média nacional (3,1%).
Além disso, o desempenho do Paraná é maior do que as outras duas Unidades da Federação da região Sul. Santa Catarina e Rio Grande do Sul contabilizaram aumentos de 2,3% e 2,5%, respectivamente. Em termos absolutos, o Paraná também lidera, uma vez que Santa Catarina e Rio Grande registraram 2,1 mil e 2,4 mil empresas com 100 ou mais empregados em 2023.
Considerando que o país apresenta 37,5 mil companhias de grande porte, a participação do Paraná nessa categoria de porte empresarial atinge o considerável percentual de 7% do total nacional. Entre elas estão, por exemplo, empresas de grande porte que chegaram ao Paraná nos últimos anos, como Electrolux, LG, Piracanjuba e Nissin, cuja fábrica de R$ 1 bilhão foi apresentada ao governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) na semana passada. Nesta segunda também foi inaugurada a fábrica de vidros da Ambev em Carambeí, a primeira do Brasil.
De acordo com o IBGE, esses grandes estabelecimentos são responsáveis por 1,19 milhão de empregos formais no Estado, com o pagamento anual de R$ 54,7 bilhões na forma de salários, o que ajuda a impulsionar o consumo e o PIB.
Na distribuição setorial, as grandes empresas paranaenses se concentram na indústria de transformação, como nas agroindústrias que expandiram seus negócios nos últimos anos (Lar, C.Vale, Coamo, etc) ou as automotivas (Renault do Brasil, Volkswagen, DAF, Pro Tork, etc), com 30,6% dos estabelecimentos sendo enquadrados nesse segmento. Em seguida estão empresas de comércio e reparação de veículos automotores (18,5%) e atividades administrativas (12,1%).
Atração
Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), esses expressivos números são resultado da combinação entre o crescimento das empresas que já atuavam no Estado, que passaram a integrar as faixas de porte mais elevadas, e a atração de relevantes empreendimentos produtivos, como as grandes multinacionais. "O Programa Paraná Competitivo explica, em grande medida, esses notáveis resultados", afirma.
Paraná Competitivo
O Paraná assinou 127 contratos de parceria para a implantação e ampliação de parques industriais a partir do Paraná Competitivo apenas em 2025. Esse é o maior número de investimentos atraídos em toda a história do programa do Governo do Estado que oferece incentivos e benefícios para empresas que desejam se instalar ou expandir operações no Estado.
Segundo dados da Assessoria de Assuntos Econômicos e Tributários (AEET) da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), o número recorde corresponde apenas ao período de janeiro até o dia 24 de novembro e totaliza R$ 13,81 bilhões em investimentos. Em comparação, ao longo de todo o ano passado, o Paraná Competitivo firmou 115 parcerias de janeiro a dezembro.
Produtos
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgou na semana passada o relatório de novembro da balança comercial do Paraná , com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Um dos destaques é que nove mercadorias registraram crescimento importante das exportações de janeiro a novembro de 2025, em comparação a igual intervalo do ano passado. Nessa lista de produtos, destacam-se os cereais, com elevação das vendas externas de US$ 478 milhões para US$ 1 bilhão.
