O trabalho pericial tem sido um dos principais aliados na solução de homicídios no Paraná. A produção de provas técnicas rápidas e precisas pelas polícias do Estado tem garantido subsídios fundamentais para as investigações e os processos judiciais. E essa atuação vem contribuindo diretamente para que o Paraná alcance um dos maiores índices de esclarecimento de homicídios do País — chegando a 97%, de acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR).
A apuração eficiente de crimes se apoia, cada vez mais, em evidências científicas que comprovem a materialidade e a autoria. Em casos de homicídio, cada vestígio coletado, analisado e interpretado pelos peritos pode ser decisivo para esclarecer a dinâmica dos fatos, identificar suspeitos e embasar a responsabilização judicial.
"A atuação pericial confere objetividade científica às investigações, suprindo eventuais fragilidades da prova testemunhal, muitas vezes limitada pelo medo das testemunhas ou pela ausência de relatos diretos", destaca a delegada-chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Paraná (PCPR) Camila Cecconello. "O laudo pericial, ao fundamentar-se em evidências materiais e métodos científicos validados, tem o poder de colocar o autor na cena do crime de forma técnica e irrefutável".
Em 2023, por exemplo, o Paraná apresentou uma taxa de esclarecimento de 84% de homicídios, superior aos 57,8% registrados nos Estados Unidos no mesmo período, segundo informações do FBI. Em 2024, a PCPR elevou ainda mais a quantidade, atingindo 97% de crimes desse tipo elucidados.
A metodologia da PCPR incorpora regras estabelecidas pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) dos EUA. Essas diretrizes são o padrão nacional dom país norte-americano, referência mundial em estatísticas policiais. Este avanço se dá por conta do fortalecimento das forças de segurança do Estado, sendo um dos destaques a Polícia Científica do Paraná (PCIPR), que passou por um processo de expansão e modernização.
Com a contratação de novos servidores, investimentos em tecnologia e a criação da Central de Comunicação Pericial (Cecomp), a instituição ampliou sua capacidade de atendimento e passou a atuar de forma mais ágil e presente em todo o Estado.