Criado em julho deste ano para reforçar as ações da Segurança Pública no combate aos casos de pedofilia e abuso infantojuvenil, o Núcleo de Combate à Pedofilia e ao Abuso Infantojuvenil (Nucope), do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS), reúne uma equipe multidisciplinar de Informática Forense, de Genética Forense e de Perícias Psíquicas. Além disso, o Nucope conta com equipamentos modernos que ajudam a oferecer uma resposta cada vez mais articulada e qualificada a esses delitos, apoiando de forma determinante a atuação das delegacias especializadas.
A Informática Forense é a ferramenta por meio da qual o IGP-RS consegue fornecer as provas digitais dos delitos cibernéticos às autoridades. Para isso, os peritos utilizam ferramentas especializadas para extrair dados de mídias e dispositivos; recuperar arquivos eventualmente deletados; analisar logs (registros em sistemas) e metadados; identificar a autoria digital dos delitos, rastrear endereços IP, entre diversos outros elementos. Essas análises resultam em laudos que são encaminhados à autoridade policial, para auxiliar na investigação e eventual penalização dos envolvidos.
A modalidade atua especialmente em casos de abuso sexual, oferecendo exames que podem estabelecer a identidade dos agressores e outras informações cruciais para elucidar o crime, como a presença de vestígios em vestes, veículos ou nos locais onde ocorreram práticas delituosas. Quando somado à atuação da informática, o trabalho realizado no laboratório pode montar um escopo de provas ainda mais robusto, o que contribui diretamente com o trabalho realizado pelas demais forças de segurança e da Justiça.
Por meio de técnicas consolidadas e que respeitam a complexidade de cada caso, os profissionais da perícia psíquica podem extrair elementos importantes do abuso a partir da memória e da avaliação do funcionamento mental da criança ou adolescente. Os psiquiatras e psicólogos do IGP-RS são capazes de avaliar os impactos psíquicos vividos pelas vítimas, analisando seu nexo causal com as circunstâncias que estão sendo investigadas. Desta forma, é possível oferecer ainda mais provas para a autoridade policial, além de permitir melhores estratégias de apoio e recuperação para as vítimas.