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Portos batem recorde de movimentação em um mês

A movimentação de cargas nos portos paranaenses em julho atingiu volume histórico em um único mês. Foram 7.319.145 toneladas, maior em 6,5% que o marco anterior, alcançado em agosto de 2024, com 6.869.966 toneladas em um mês.

Outro recorde alcançado no período foi no Corredor de Exportação Leste, que representa o trecho entre os berços 212 e 214 do Porto de Paranaguá, área responsável pela movimentação de granéis sólidos vegetais (em grãos e de farelos). No mês de julho deste ano, o Corredor Leste movimentou 2.607.639 toneladas, o que significa um crescimento de 1,55% em relação ao mês do recorde anterior (2.567.755 toneladas, em maio de 2023).

"O Brasil teve uma safra recorde de soja, mas os produtores estavam aguardando a recuperação nas cotações internacionais, o que não aconteceu. Sem a sinalização de reação nos preços, o mercado retomou a comercialização para desocupar os armazéns e, por isso, recebemos uma grande demanda no último mês", explicou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

A soja em grão alcançou a marca de 2.052.104 toneladas movimentadas, um crescimento de 55% em comparação ao mesmo mês do ano passado (1.321.566 toneladas). No acumulado de janeiro a julho, a oleaginosa é um dos destaques, com 9.915.332 toneladas embarcadas em navios nos portos paranaenses - 6% a mais em relação ao mesmo período de 2024.

Os índices mantêm a empresa portuária paranaense como o segundo maior corredor de exportação de soja do Brasil e um dos maiores portos graneleiros do mundo.

Também destaque o farelo de soja, que cresceu 30%, passando de 487.048 toneladas em 2024 para 634.536 toneladas em 2025. De janeiro a julho, foram exportadas 4.063.000 toneladas, o que representa um aumento de 14% sobre o acumulado dos sete primeiros meses de 2024.

Outra commodity que apresentou grande crescimento na exportação foi o milho, com aumento de 499% em julho deste ano (447.156 toneladas) em comparação a julho do ano passado (74.636 toneladas). "A colheita da segunda safra de milho atrasou, mas o volume excedente exportável já começa a chegar em grande volume por aqui", afirmou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.